Onde estão os principais personagens do DF dois anos após o 8/1

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Resumo: Onde estão os principais personagens do DF dois anos após o 8/1: Os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 provocaram prisões, operações policiais, condenações e absolvições no DF. O ex-ministro Anderson Torres enfrenta investigações e medidas cautelares após ser acusado de omissão nos atos antidemocráticos.

Os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, que completam dois anos, provocaram uma série de prisões, operações policiais, condenações e absolvições contra autoridades, empresários e suspeitos de participar, incitar e financiar os atos que chocaram o país e levaram à depredação dos prédios dos Três Poderes. O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 375 réus dos 1.682 denunciados. Ao todo, 154 réus estão presos; apenas cinco foram absolvidos, e 526 pessoas fizeram Acordos de Não Persecução Penal (ANPPs) com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para encerrar ações. Mais de 900 pessoas foram responsabilizadas penalmente. As condenações são por crimes diversos como: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Até o momento, os denunciados foram divididos em quatro núcleos: incitadores (1.204), executores (407), financiadores (63) e autoridades (8). Cada réu, no entanto, é julgado individualmente pelo STF. Além de pessoas ligadas ao 8 de Janeiro, autoridades do DF foram acusadas de omissão. Um dos principais personagens é Anderson Torres, ex-ministro de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF na data do atentado contra a democracia.

Inicialmente preso, Torres acabou liberado da cadeia em maio de 2023, por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Desde então, cumpre uma série de medidas cautelares devido às investigações pela suposta omissão no caso dos atos antidemocráticos. Uma delas é a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica. Em novembro de 2024, o ex-ministro perdeu a mãe, tendo suas medidas flexibilizadas para acompanhá-la no hospital. Recentemente, foi indiciado pela Polícia Federal por participar da tentativa de golpe de Estado em 2022, ao lado de outros 36 nomes, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sete oficiais que integravam a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal na época dos atos são réus por omissão, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e violação dos deveres. As investigações em relação a financiadores e outras autoridades envolvidas no caso ainda estão em curso. Os ex-comandantes-gerais da corporação acusados de omissão no dia dos ataques antidemocráticos de 8 de Janeiro deixaram a prisão em março de 2024.


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