As audiências de instrução e julgamento dos réus da Operação El Patrón ocorrerão na próxima semana, após o Supremo Tribunal Federal (STF) liberar o andamento do processo. O deputado estadual Binho Galinha (PRD), sua esposa, Mayana Cerqueira da Silva, e seu filho, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, deverão comparecer nos dias 23, 24 e 25 de setembro.
A defesa do parlamentar tentou adiar as audiências, alegando dificuldades no acesso a documentos digitais essenciais. No entanto, a juíza Márcia Simões Costa decidiu que não seria necessário o adiamento e determinou que os documentos ficassem disponíveis em um prazo de cinco dias.
Durante as audiências, serão ouvidas as testemunhas da defesa e da acusação, além de todos os envolvidos no processo. Essa fase é conhecida como “prova oral”. A Vara Criminal e Crimes Contra a Criança e o Adolescente de Feira de Santana será o órgão responsável pelo julgamento do caso.
As audiências foram viabilizadas após a Primeira Turma do STF manter os efeitos da Operação El Patrón e negar, por unanimidade, um agravo regimental solicitado por Binho Galinha. A decisão foi tomada após o STF reverter uma determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que havia anulado as provas coletadas na operação contra o deputado e outros membros de uma milícia em Feira de Santana.
A Operação El Patrón
A ação penal que tramita na 1ª Vara Criminal de Feira de Santana aponta Kléber Cristian Escolano de Almeida, o “Binho Galinha”, como líder de uma organização criminosa. De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), essa organização atua como milícia e se envolve em práticas como receptação, contravenção do jogo do bicho, extorsão, agiotagem, lavagem de capital e outros crimes.
Deflagrada em dezembro de 2023, a Operação El Patrón cumpriu dez mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueou R$ 200 milhões das contas dos investigados e sequestrou 40 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades de seis empresas.
O MP-BA reivindica um total de R$ 700 milhões, incluindo danos morais atribuídos à suposta organização criminosa. Na época da operação, Binho Galinha se posicionou, expressando confiança na Justiça e disposição para esclarecer os fatos.
Além de Binho Galinha, sua esposa e seu filho também são réus no processo.
O desdobramento desse caso promete movimentar ainda mais os ânimos na região. O que você acha sobre as acusações? Deixe sua opinião nos comentários!
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