A Polícia Federal (PF) lançou uma operação voltada a investigar um esquema de corrupção que envolve órgãos públicos das áreas ambiental e de mineração. O esquema, que gerou um lucro impressionante de R$ 1,5 bilhão, inclui servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM), do Iphan e órgãos estaduais em Minas Gerais.
Durante a operação, um diretor da ANM em Brasília foi preso sob suspeita de corrupção. Além dele, um ex-diretor também está entre os alvos e a sede do órgão passou por busca e apreensão. No total, foram cumpridos 22 mandados de prisão preventiva e 79 mandados de busca e apreensão, resultando ainda no afastamento de servidores públicos. A Justiça Federal em Minas Gerais bloqueou R$ 1,5 bilhão e suspendeu as atividades das empresas implicadas.
A PF divulgou que o grupo investigado teria subornado servidores de diversos órgãos para obter autorizações e licenças ambientais fraudulentas. Essas autorizações eram utilizadas para explorar mineral de ferro de forma irregular, em áreas tombadas e próximas a locais de preservação, o que representa um grave risco ambiental.
Entre os empresários alvos da investigação está Alan Cavalcante do Nascimento, da Fleurs Global Mineração, que teria liderado o esquema com outros sócios desde 2020. O diretor preso, Caio Mário Trivelatto Seabra Filho, é acusado de ter atuado para favorecer uma das empresas envolvidas, a Aiga Mineração, em troca de propina.
A PF também identificou a ex-superintendente do Iphan em Minas Gerais, Débora França, como uma facilitadora dos interesses dos empresários. Ela é proprietária de uma empresa que recebeu pagamentos do esquema.
Esse caso ressalta a importância de manter a integridade nos processos administrativos e na fiscalização ambiental. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários.
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