Kleber Aran Ferreira e Silva, líder da Associação Sociedade Espírita Brasileira Amor Supremo (Sebas), foi condenado a 50 anos, 16 meses e 25 dias de prisão em regime fechado. A condenação se deu pelos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. Inicialmente, Kleber havia recebido uma pena de 20 meses, mas, em decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) no dia 12 de setembro, a punição foi ampliada após pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Em novembro de 2024, o líder já havia sido condenado por violação sexual contra três mulheres que frequentavam o centro, além de ser obrigado a pagar R$ 50 mil a cada vítima por danos morais.
A denúncia contra Kleber foi apresentada pelo MP-BA através da 1ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de Salvador e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Isso ocorreu após uma investigação iniciada em 2021, com base em denúncias recebidas pelo projeto Justiceiras, que apoia mulheres que sofreram violência de gênero.
Na nova decisão, os desembargadores da 1ª Turma da Segunda Câmara Criminal do TJBA identificaram que uma das vítimas se encontrava em estado de vulnerabilidade, resultado de embriaguez induzida por Kleber. Essa situação caracteriza o crime de estupro de vulnerável, conforme o artigo 217-A do Código Penal. O acórdão enfatizou que as provas mostraram um padrão de manipulação psicológica e espiritual aliado ao abuso de poder.
O líder espiritual, que dizia incorporar ‘Dr. Fritz’, utilizava sua posição para abusar sexualmente de mulheres vulneráveis, atraindo seguidores à procura de cura e orientação. Ele convencía as vítimas, muitas delas fragilizadas emocionalmente, de que manter relações sexuais era necessário para realizar trabalhos espirituais e fornecer “energia sexual” às entidades. Os relatos indicam que Kleber forçava as mulheres a consumir bebidas alcoólicas durante os encontros, aumentando sua vulnerabilidade e facilitando o abuso.
Esse caso levanta questões importantes sobre abuso de poder em contextos religiosos e a necessidade de proteção às vítimas. O que você acha sobre essa situação? Compartilhe seus pensamentos nos comentários.
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