Após acompanhar a votação que isenta do Imposto de Renda os que ganham até R$ 5 mil mensais, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a próxima prioridade do governo Lula será a compensação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Quando questionada se o governo iria negociar o texto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, Gleisi confirmou que a Medida Provisória (MP) que vence na próxima semana merece atenção. Ela disse: “Com certeza, essa é uma das matérias que nós temos que nos dedicar.”
A votação da MP, que altera a cobrança do IOF por um novo modelo de taxação sobre o mercado financeiro e setores específicos, está agendada para a próxima terça-feira, 7 de outubro. O prazo é curto, pois o texto expira na quarta-feira, correndo risco de perder a validade se não for aprovado a tempo.
Um dos principais desafios dessa proposta é a cobrança de imposto sobre as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Imobiliário (LCI), que atualmente são isentas de IR. A nova proposta prevê uma taxa de 7,5% sobre os rendimentos desses investimentos.
A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) se manifestou contra a proposta, prometendo barrar a votação. O presidente do grupo, deputado Pedro Lupion, declarou: “Jamais vamos ser favoráveis à tributação de LCAs, especialmente em 7,5%.” Esses investimentos são essenciais para financiar o agronegócio e o setor imobiliário, e os atores do mercado temem que a aprovação do imposto possa reduzir a atratividade do setor.
Outro ponto polêmico diz respeito ao aumento da tributação sobre as casas de apostas online. Atualmente, essas plataformas pagam 12% sobre o faturamento, e a ideia do governo é elevar essa taxa para 18%. Enquanto o governo vê uma oportunidade para aumentar a arrecadação, as empresas do setor alertam que isso pode forçar muitas plataformas a sair do Brasil.
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