Um capitão da Polícia Militar registrou um boletim de ocorrência alegando ter sido vítima de injúria racial e agressão física durante um campeonato estudantil no Sesi, em Feira de Santana, neste domingo (5). A situação envolveu uma inspetora da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e seu filho, que foi acusado de agressão.
Em entrevista ao portal Acorda Cidade, Leandro Munez contou que estava assistindo a uma partida em que seu filho jogava, sentado na escadaria da arquibancada. Segundo ele, a mulher o pediu para mudar de lugar, alegando que ele estava obstruindo a visão dela. O capitão atendeu ao pedido, mas a mulher insistiu em mais duas ocasiões para que ele se afastasse.
“Aí eu comentei que havia mais de dez pessoas ao nosso redor e apenas ela estava reclamando. Foi quando ela disse que eu deveria ‘me fo*’, e foi sentar. Respondi que ela deveria se respeitar, e foi nesse momento que ela falou: ‘isso aí é coisa de preto’”, relatou Munez.
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Após a frase racista, o debate esquentou. O filho da inspetora o agrediu pelas costas, segundo o capitão. Ele afirmou que foi forçado a reagir em legítima defesa, enquanto o tumulto na arquibancada causou algumas lesões entre pessoas que estavam nas proximidades.
Leandro Munez não hesitou em chamar uma viatura para registrar a ocorrência. Ele destacou a seriedade da situação, sobretudo por se tratar de uma servidora pública. “Como vítimas de racismo, não podemos nos calar. Vou até as últimas consequências e buscarei todos os meus direitos. A atitude racista dela foi presenciada por várias pessoas, e tenho testemunhas. Me senti machucado, mas sei que silenciar é ainda pior”, concluiu o PM.
O que você acha dessa situação? Deixe sua opinião nos comentários. É importante discutir e refletir sobre esses casos que ainda ocorrem em nossa sociedade.
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