O dólar encerrou a quarta-feira (8) em leve queda de 0,12%, cotado a R$ 5,3441. No mesmo dia, o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, avançou 0,56%, alcançando 142.145 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 19,9 bilhões.

Os investidores estavam atentos à Medida Provisória 1.303/2025, que sugere uma alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e que foi votada na Câmara. O mercado fechou antes da derrubada da MP, que obrigará o governo a revisar seu planejamento fiscal e possivelmente a promover cortes de gastos para atender a meta do próximo ano.

Uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta trouxe novidades sobre a aprovação do governo. Quarenta e oito por cento dos entrevistados aprovam a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 49% desaprovam. Este é o melhor índice de aprovação desde janeiro. A pesquisa também destacou que um encontro de Lula com Donald Trump na ONU foi visto como um reforço político para o presidente.

No cenário externo, os investidores reagiram à ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), que cortou a taxa básica de juros em 25 pontos-base. O documento aumentou as expectativas de novos cortes ainda este ano, embora haja cautela em relação à inflação. A paralisação do governo dos Estados Unidos, que já dura oito dias, suspendeu a divulgação de dados econômicos, o que tornou a ata ainda mais relevante para os investidores.

As bolsas internacionais tiveram desempenhos mistos. Em Wall Street, o S&P 500 subiu 0,60% e o Nasdaq registrou uma alta de 1,12%, atingindo máximas históricas. Na Europa, o STOXX 600 cresceu 0,8%, o CAC 40 da França subiu 1,07% e o DAX da Alemanha avançou 0,87%. Já na Ásia, as principais praças registraram quedas, com destaque para Hong Kong (-0,48%) e Tóquio (-0,45%).

No Brasil, o Ibovespa foi puxado por altas em empresas como Ultrapar (+5,54%), B3 (+3,43%) e BTG Pactual (+3,04%). Por outro lado, as ações de Hypera (-5,02%), Brava (-3,10%) e Suzano (-2,17%) se destacaram em quedas. A Petrobras também recuou, apesar da alta nos contratos de petróleo Brent e WTI, que subiram mais de 1%. Especialistas afirmam que, mesmo diante de ruídos fiscais e políticos, o real deve se manter firme devido a uma expectativa de dólar global mais fraco e cortes nos juros americanos.

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