Um delegado da Polícia Civil de São Paulo foi condenado a mais de 29 anos de prisão por liderar um grupo criminoso que extorquia empresários em Indaiatuba. A decisão foi anunciada na última sexta-feira, e ainda cabe recurso.
José Clésio Silva de Oliveira Filho, segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), era o chefe da quadrilha, que incluía policiais civis, guardas municipais, servidores públicos, advogados e outros cidadãos. Eles atuavam irregularmente na delegacia da cidade, o que resultou em sua maior condenação.
Além da pena, os condenados perderam seus cargos públicos e serão obrigados a indenizar as vítimas em mais de R$ 600 mil. Também terão que pagar R$ 10 milhões ao Fundo do Estado de São Paulo por danos morais coletivos. A Justiça determinou que os bens bloqueados dos réus sejam usados para compensar as vítimas e a coletividade. O MPSP destacou que as ações do grupo abalaram a credibilidade da Polícia Civil.
Como aconteciam as extorsões
- O grupo realizava operações policiais sem autorização judicial. Eles apreendiam mercadorias de empresas legítimas com falsas alegações de crimes.
- Os membros exigiam quantias elevadas das vítimas para evitar prisões, contando com advogados que, em vez de defender os clientes, ajudavam na execução dos crimes.
- A descoberta da quadrilha ocorreu durante a Operação Chicago, realizada em março de 2024, que resultou em 13 prisões e 17 busca e apreensões.
- As condenações derivaram de uma denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Essa condenação é um importante passo na luta contra a corrupção dentro das forças de segurança pública. O que você acha sobre a atuação do poder judiciário nesse caso? Deixe sua opinião nos comentários.
Facebook Comments