Victor Albuquerque Medeiros, proprietário da Império das Maquiagens (IDM), utilizou as redes sociais para rebater as acusações de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e organização criminosa. As lojas dele foram alvo de uma operação da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT/Decor) e da Receita do Distrito Federal no dia 21 de outubro.
A investigação, iniciada há seis meses, descobriu uma organização criminosa no setor de cosméticos no Distrito Federal e no Rio de Janeiro desde 2019. Empresários e contadores estavam supostamente envolvidos em um esquema de sonegação de ICMS por meio da criação de empresas fictícias, acumulando uma dívida tributária superior a R$ 18 milhões.
“Quem é a pessoa que não tem uma dívida, que atire a primeira pedra. Eu nunca corri das minhas dívidas. O que existe são R$ 18 milhões de impostos atrasados, que já estou pagando”, declarou Victor.
Durante seu pronunciamento, Victor expressou indagações sobre o ódio manifestado nas redes, afirmando que seu trabalho nos últimos nove anos merece reconhecimento. Ele ressaltou a contribuição de seu negócio para a economia local, empregando centenas de pessoas e apoiando diversos fornecedores. “Pago mais de R$ 1 milhão por mês só em salários”, disse.
Ao final do vídeo, ele prometeu esclarecer todos os pontos levantados pelas autoridades, afirmando que está aberto à fiscalização. “Nossa empresa está aberta e não temos nada a esconder”, concluiu.
Vida de luxo e ostentação
Durante a operação, foram encontrados três carros avaliados em mais de R$ 1 milhão em sua casa. Victor costumava compartilhar uma vida luxuosa nas redes sociais, incluindo fotos de viagens e lazer.
Vale lembrar que, em setembro deste ano, a Império das Maquiagens havia sido alvo de outra operação por suspeitas de comercialização de produtos falsificados.
Operação Makeup
A operação resultou na execução de 11 mandados de busca e apreensão em Vicente Pires, Ceilândia, Águas Claras, Sudoeste, Taguatinga e Park Way. Bens e valores dos empresários e contadores envolvidos foram bloqueados até o limite da dívida tributária.
Os resultados da investigação revelaram que o grupo abria empresas de forma reiterada, vendendo produtos sem recolher os impostos. Ao acumular dívidas, transferiam as empresas para “laranjas”, declarando falsamente mudanças de sede e reiniciando atividades com novos CNPJs.
Os infratores poderão enfrentar severas penalidades, incluindo acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade ideológica, com penas que podem ultrapassar 26 anos de prisão.
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