Governo dos EUA impõe sanções a presidente da Colômbia Gustavo Petro

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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções econômicas contra o presidente colombiano, Gustavo Petro, sua esposa, Veronica Garcia, e seu filho, Nicolas Petro Burgos. As sanções, oficialmente divulgadas na última sexta-feira, 24, incluem o bloqueio de bens e a proibição de transações com cidadãos americanos. O governo de Donald Trump justificou a medida alegando que Petro permitiu o fortalecimento de cartéis de drogas e ajudou organizações narcoterroristas, sem fornecer provas concretas.

As sanções também afetam Armando Villaneda e surgem um dia após Petro acusar os EUA de realizar “execuções extrajudiciais” durante operações militares. O contexto é de tensões diplomáticas crescentes entre os dois países, conforme relatado pela Folha de S. Paulo.

Após o anúncio, Petro fez uma declaração destacando que ele e sua família foram adicionados à lista OFAC. Ele afirmou: “Lutar contra o narcotráfico por décadas e com eficácia me traz essa medida do governo que tanto ajudamos a combater o consumo de cocaína. Uma paradoxalidade, mas nem um passo atrás e jamais de joelhos.”

As tensões começaram a subir quando o presidente criticou as operações militares americanas no Caribe e no Oceano Pacífico, direcionadas a embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas. Donald Trump respondeu chamando Petro de “líder narcotraficante” e “meliante”.

Durante uma coletiva de imprensa em Bogotá, Petro afirmou: “Essas manobras violam o direito internacional. Os Estados Unidos estão cometendo execuções extrajudiciais com um uso desproporcional da força.”

Petro também denunciou a presença militar americana na região, mencionando a alta atividade de embarcações de guerra e até um assassinato de um pescador local. Ele considerou desrespeitoso o fato de os EUA terem anulado a certificação antidrogas.

Desde 2 de setembro, os EUA atacaram 10 embarcações suspeitas de transporte de drogas, resultando em mais de 40 mortes. Os ataques têm sido divulgados por Washington, com vídeos mostrando os destroços em chamas. O governo colombiano denunciou que essas ações violaram suas águas nacionais.

Um grupo de especialistas da ONU criticou essas operações, afirmando que, mesmo se as alegações contra os navios forem verdadeiras, o uso de força letal em águas internacionais sem uma base legal adequada viola o direito internacional do mar e é comparável a execuções extrajudiciais.

Os especialistas alertaram sobre as implicações negativas dessas ações para a paz e a segurança na região do Caribe, observando que qualquer ação militar contra um Estado soberano seria uma violação ainda mais grave da Carta da ONU.

O Tesouro americano mencionou declarações anteriores de Petro, em que ele comparou drogas a bebidas alcoólicas, criticando a abordagem dos EUA no combate ao narcotráfico. Em resposta às acusações de Trump, Petro afirmou que foi insultado em nome da Colômbia.

Esses desdobramentos revelam um cenário tenso entre os dois países e levantam questões sobre as estratégias de combate ao narcotráfico. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários!

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