Trump afirma que Maduro “deseja negociar” em meio à tensão militar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou no último domingo que pode haver diálogos com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Essa afirmação surge em um momento de crescente tensão entre Washington e Caracas, onde Trump sugeriu que o governo venezuelano “gostaria de conversar”, embora ainda não exista um encontro agendado ou um canal formal aberto para as negociações.

“Podemos ter algumas conversas com Maduro e veremos como isso se desenrola. Eles gostariam de conversar”, disse Trump, levantando a possibilidade de um diálogo em meio a um cenário delicado.

Essa conversa acontece em um contexto onde os EUA estão intensificando sua presença militar no Caribe. A operação, chamada Southern Spear, foi anunciada pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, que Trump já se referiu como “secretário de Guerra”. Essa mobilização visa combater grupos considerados pela administração dos EUA como responsáveis pelo tráfico internacional.

Neste domingo, foi realizado o 21º ataque contra embarcações no leste do Oceano Pacífico e no Caribe, resultando na morte de três pessoas. Trump lembrou que a decisão de classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista estrangeira permite a ação contra “bens e infraestrutura” ligados a Maduro na Venezuela. “Isso nos permite fazer isso, mas não dissemos que vamos fazer”, afirmou.

“Paz”, pede Maduro

A resposta de Caracas veio um dia antes, quando Maduro pediu “paz” aos Estados Unidos durante um ato em Miranda. Ele surpreendeu apoiadores ao cantar a famosa canção “Imagine”, de John Lennon, clamando por uma resolução pacífica para o impasse. “É momento de acreditar na convivência e na esperança”, disse ao público.

O governo da Venezuela critica a mobilização norte-americana, acusando Washington de “fabricar uma guerra” para justificar uma possível invasão. Este alerta aumentou após Trinidad e Tobago anunciar exercícios militares conjuntos com tropas dos EUA, iniciando neste domingo.

Trump, por sua vez, reiterou suas acusações contra Maduro, que nega ser o responsável por redes de narcotráfico. Quando questionado sobre um possível ataque terrestre, o republicano não deu uma resposta clara. “Não vou dizer o que vou fazer com a Venezuela”, disse à CBS.

Além de considerar o diálogo, Trump deixou claro que acredita não precisar de autorização do Congresso para ações militares. “Gostamos de manter o Congresso envolvido… Mas não precisamos da aprovação deles. É bom que eles saibam”, completou.

O cenário continua intenso, e a possibilidade de negociações gera dúvidas e esperança para muitos. O que você acha dessas declarações? Comente sua opinião!

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