A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, anunciou nesta segunda-feira que ainda não há acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta, sobre o Projeto de Lei Antifacção. Após uma reunião no gabinete de Motta, ela comentou a expectativa de que o relator, Guilherme Derrite, apresente uma nova versão do relatório.
Apesar da resistência de alguns líderes partidários, Motta confirmou que o projeto será colocado em análise na terça-feira. Ele se reunirá às 9h com Gleisi, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o relator Guilherme Derrite e o líder do governo na Câmara, José Guimarães, para discutir os pontos do relatório.
“É uma decisão do presidente da Casa. Ele já decidiu que vai colocar [em votação]. É um tema complexo e pode exigir mais tempo, mas o governo está preparado para essa discussão. Esse projeto foi discutido por seis meses sob a coordenação do ministro Lewandowski, com a participação de vários especialistas. Temos confiança no que defendemos e vamos buscar influenciar o debate”, disse Gleisi aos jornalistas.
Um dos principais pontos de discórdia gira em torno da destinação de recursos para a Polícia Federal.
Criticas à equiparação com organizações terroristas
Gleisi também criticou a oposição, que insiste em classificar facções criminosas como organizações terroristas no texto. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, mencionou que, se Derrite não incluir essa classificação em uma nova versão, o partido apresentará um destaque para que a proposta seja votada separadamente.
“É claro que essa questão do terrorismo é prejudicial ao país. A oposição deveria refletir um pouco mais. Não dá para seguir por esse caminho, temos que pensar no Brasil”, finalizou a ministra.
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