Caso Epstein: Trump sanciona lei que prevê liberação de arquivos

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Em uma reviravolta inesperada, Donald Trump sancionou nesta quarta-feira a lei que exige a divulgação de todos os arquivos da investigação sobre Jeffrey Epstein. O projeto foi aprovado pelo Congresso quase por unanimidade, com 427 votos a favor e apenas um contra.

O único voto contrário foi da deputada republicana Clay Higgins, que alertou para o risco de a legislação expor pessoas inocentes, como testemunhas e familiares, caso a divulgação seja muito ampla. No Senado, a aprovação também foi rápida, obtida por meio de consentimento unânime, sem necessidade de um longo debate. Legisladores de diferentes partidos se uniram para passar a lei em meio à crescente pressão por transparência.


Caso Epstein

  • Jeffrey Epstein era um financiador americano com conexões com políticos, empresários e celebridades.
  • Em 2019, ele foi preso por tráfico sexual de menores e organizou uma rede de exploração envolvendo garotas em situações vulneráveis.
  • As acusações incluíam aliciamento e transporte de menores para suas propriedades em Nova York, Flórida e Ilhas Virgens dos EUA.
  • Epstein foi encontrado morto em sua cela em 10 de agosto de 2019, e a versão oficial aponta suicídio.
  • Entre seus convidados e associados, estavam nomes como Donald Trump, Bill Clinton e o Príncipe Andrew.

O que a lei determina

A nova lei exige que todos os registros não classificados da investigação sobre Epstein, incluindo comunicações e documentos, sejam disponibilizados ao público no site do Departamento de Justiça. Isso deve ocorrer em até 30 dias após a sanção presidencial, em formato pesquisável e para download.

Entretanto, a lei também possui ressalvas. Informações que possam comprometer investigações em curso ou revelar identidades de vítimas poderão ser protegidas. Além disso, o Departamento de Justiça deverá informar aos comitês de Justiça do Congresso sobre “pessoas politicamente expostas” mencionadas nos documentos.

Virada de Trump e tensões

A assinatura do projeto representa uma mudança significativa na postura de Trump. Ele havia acusado durante meses a demanda pelos arquivos de ser uma “fraude democrata”.

Um elemento que adicionou tensão ao debate foi a divulgação pelo Wall Street Journal de uma carta supostamente enviada por Trump a Epstein, com um desenho que gerou polêmica. Embora Trump tenha negado a autenticidade do documento e afirmado que não desenha mulheres, o episódio reavivou especulações sobre sua relação com Epstein.

A repercussão da carta aumentou a pressão por transparência e reforçou a ideia de que apenas a abertura completa dos registros poderia esclarecer possíveis vínculos entre figuras poderosas e o financista condenado. Sob intensa pressão, inclusive da própria base do Make America Great Again, Trump decidiu mudar de lado e apoiar a lei, orientando seus companheiros republicanos a votarem a favor.

O desenrolar desse caso promete continuar gerando discussões. O que você pensa sobre a liberação desses arquivos? Deixe sua opinião nos comentários.

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