A Justiça de Jequié, situada na região do Médio Rio de Contas, decidiu conceder liberdade provisória a Graziele Silva dos Santos, de 33 anos. Ela foi presa em flagrante na madrugada da última segunda-feira (24) após confessar o assassinato de Adeilma Santos Fonseca, de 30 anos, que foi morta com golpes de canivete.
A decisão foi proferida pelo juiz Pedro Ávila. Adeilma foi sepultada na terça-feira (25) no Povoado de Emiliano. O crime ocorreu em via pública, no bairro Jequiezinho, durante uma briga que envolveu Graziele, a vítima e um homem conhecido como Atenilton Santos da Cruz, ex-companheiro de Graziele e atualmente foragido.
Em seu depoimento, Graziele afirmou que agiu em “legítima defesa”. Ela contou que foi agredida por Atenilton, que estava no local com a vítima. Graziele alegou que, ao ser asfixiada, sacou o canivete para se defender dos golpes que Adeilma lhe desferia com um capacete, resultando nos ferimentos fatais na vítima.
Apesar de reconhecer o flagrante, o juiz optou por não determinar a prisão preventiva. Ele considerou que há elementos na defesa da acusada que merecem atenção, tais como:
- Colaboração com a Polícia: Graziele telefonou para o 190, confessou o crime e permaneceu no local até a chegada das autoridades, demonstrando que não tinha intenção de fugir. A arma do crime foi entregue por ela mesma.
- Indícios de Agressão: Um exame de corpo de delito em Graziele revelou várias lesões, inclusive hematomas no pescoço e escoriações nos braços e rosto. O juiz avaliou que essas lesões oferecem, ao menos em parte, suporte à versão dela de que foi agredida por Atenilton.
Embora as lesões não confirmem totalmente a legítima defesa, o juiz considerou que representam um fator importante a ser investigado durante o processo penal.
A liberdade provisória foi concedida com várias imposições. Caso descumpra alguma delas, Graziele poderá ser presa novamente. Entre as restrições, estão:
- Comparecimento mensal ao Juízo para justificar suas atividades.
- Proibição de deixar a Comarca por mais de oito dias sem autorização.
- Proibição de contato com Atenilton e familiares da vítima.
- Proibição de frequentar bares e casas noturnas.
- Recolhimento domiciliar das 22h às 5h durante a noite e em dias de folga.
- Proibição de portar qualquer tipo de arma, incluindo facas e canivetes.
Esse caso levanta questões importantes sobre a dinâmica de violência e defesa em relações pessoais. O que você acha sobre essa decisão? Comente e participe dessa discussão.

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