A polêmica sobre gramados sintéticos ganhou força no futebol brasileiro. Jogadores e dirigentes elevam o tom do debate, enquanto clubes defendem o uso regulamentado da grama artificial nas competições. A CBF, por sua vez, também redobra o cuidado com a qualidade dos gramados dos estádios e avalia caminhos para incentivar a adaptação.
Uma nota conjunta divulgada por Athletico Paranaense, Atlético-MG, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras reafirma a defesa dessa tecnologia, destacando que o piso sintético pode ser utilizado de forma responsável e regulamentada. Os clubes lembram que não existe padronização de gramados no Brasil e que o tema exige tratamento técnico, dados objetivos e uma visão equilibrada do assunto.
Em Doha, no Catar, o treinador Filipe Luís voltou a criticar os gramados sintéticos. Ele afirmou que um campeonato europeu com diversos clubes disputando no piso artificial desvaloriza o produto e pode afastar espectadores. O técnico ressaltou que, para a saúde dos atletas, o ideal é jogar em gramados naturais de boa qualidade, mencionando a Libertadores e os estádios do Catar como referência.
A polêmica ganhou impulso com a participação de torcidas e dirigentes, inclusive no Flamengo, que adota postura crítica ao sintético. O presidente rubro-negro, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, afirma que a grama sintética pode desequilibrar financeiramente os clubes e prejudicar a saúde física dos jogadores. A ideia de proibir o piso artificial em competições oficiais tem sido discutida, embora a direção da CBF tenha sinalizado cautela quanto a mudanças rápidas.
Para avançar no tema, a CBF pretende formar uma equipe para discutir a qualidade dos gramados, incluindo os sintéticos. A meta é definir parâmetros gerais e criar incentivos para que os clubes se adaptem de forma gradual e responsável, levando em conta as particularidades de cada estádio.
Neste ano, Neymar, Thiago Silva e Lucas Moura lideraram uma mobilização de jogadores contra o gramado sintético, promovendo ações nas redes para evitar que as partidas sejam disputadas em pisos artificiais. O movimento ganhou adesão de diversas frentes e tornou o assunto ainda mais presente na pauta do futebol brasileiro.
O Flamengo tem sido o clube mais contundente na defesa de abandonar o sintético em competições oficiais. O Bap já anunciou a intenção de levar a discussão para o âmbito do fair play financeiro e sinalizou a criação de um grupo de trabalho na CBF para avaliar a questão, ainda que não haja prioridade definida pela entidade.
Veja a nota completa
“Diante das recentes declarações públicas sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro, Athletico Paranaense, Atlético, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras reafirmam a posição em defesa dessa tecnologia, adotada de forma responsável, regulamentada e alinhada às melhores práticas internacionais. Em primeiro lugar, não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada.”
“Também reiteramos que um gramado sintético de alta performance pode superar, em muitos aspectos, os campos naturais sob condições adversas em parte dos estádios do país. Não há estudo científico conclusivo que prove aumento de lesões com gramados sintéticos modernos.”
“O tema da qualidade dos gramados é legítimo e necessário, porém deve ser conduzido com responsabilidade, dados objetivos e conhecimento técnico, sem distorções.”
Com informações do Estadão Conteúdo, a discussão segue entre clubes, atletas e a CBF, que prometem manter o tema sob atenção para o próximo ciclo das competições nacionais.



Neymar, Thiago Silva e Lucas Moura também estiveram à frente de uma mobilização de jogadores contrários ao piso sintético, articulando uma campanha que busca reduzir a disputa em gramados artificiais. A discussão ganhou contornos nacionais, envolvendo clubes, atletas e a imprensa especializada.
E você, o que pensa sobre o uso de gramados sintéticos nas competições de futebol? Deixe sua opinião nos comentários e ajude a enriquecer o debate sobre o futuro dos estádios no Brasil.

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