Austrália endurecerá leis sobre armas após atentado

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Autoridades da Austrália acordaram nesta segunda-feira (15) em endurecer as leis de porte de armas, um dia após um homem e seu filho terem matado 15 pessoas que celebravam o Hanukkah na Bondi Beach, em Sydney. Entre as vítimas está uma menina de 10 anos; outros 42 ficaram hospitalizados. O primeiro-ministro Anthony Albanese convocou governadores para discutir o tema e concordou em fortalecer as leis de armas em todo o país.

O governo sinalizou medidas para aprimorar a verificação de antecedentes de proprietários, impedir que estrangeiros obtenham licenças e limitar tipos de armas permitidas. As reformas, consideradas de referência global desde o massacre de Port Arthur em 1996, devem ser ampliadas para impedir cenários similares.

O ataque, que levou a questionamentos sobre como pai e filho conseguiram as armas, foi descrito pela polícia como um ato de terror planejado para aterrorizar a cidade judaica de Bondi. A ABC News mencionou possíveis vínculos com o grupo jihadista Estado Islâmico.

Durante o ataque, moradores correram para resgatar crianças, socorrer feridos e enfrentar os atiradores. Um homem de 43 anos, Ahmed al-Ahmed, foi apontado como herói por desarmar um dos atiradores, embora tenha sido baleado. Ele está hospitalizado. A cerimônia de homenagem às vítimas ocorreu na sequência, com bandeiras a meio mastro.

O episódio também suscitou uma onda de ataques antissemíticos e boatos online. O governo australiano acusou o Irã de orquestrar ações contra a região judaica no país, chegando a expulsar o embaixador de Teerã há quase quatro meses. O Irã teria ordenado ataques em 2024, incluindo um ataque incendiário a um café kosher no subúrbio de Bondi e um ataque à sinagoga Adass Israel, em Melbourne, segundo avaliações de inteligência divulgadas em agosto. Lideranças internacionais, como o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Donald Trump, condenaram o ataque como antissemita.

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