O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (17/12) que deve assinar, na próxima semana, um decreto para reconhecer a música gospel como patrimônio brasileiro. A declaração foi feita durante a última reunião ministerial do ano, na Granja do Torto, residência oficial da Presidência. Lula comentou ainda que o advogado-geral da União, Jorge Messias, que aguarda sabatina no Senado para uma vaga no STF, poderá cantar música gospel no Planalto, em tom descontraído.
A medida ocorre num momento de esforço do governo para reduzir a resistência de setores religiosos, especialmente entre evangélicos. Dados da pesquisa PoderData divulgados nesta quarta-feira mostram que 66% dos evangélicos desaprovam o governo Lula, enquanto apenas 29% aprovam. Entre católicos, houve leve recuo: a aprovação caiu de 51% em setembro para 48% em dezembro, enquanto a desaprovação subiu para 44%. A pesquisa foi realizada entre 13 e 15 de dezembro de 2025, com 2.500 entrevistas em todo o país e margem de erro de dois pontos percentuais.
Janja intensifica o diálogo com lideranças cristãs. Paralelamente, a primeira-dama assumiu um papel mais ativo como interlocutora junto a lideranças evangélicas, participando de cultos e reuniões, com atenção especial às mulheres e apresentando programas sociais do governo. A articulação conta com o apoio da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, grupo que apoiou Lula nas eleições de 2022.
O reconhecimento da música gospel como patrimônio brasileiro é visto por lideranças cristãs como um gesto simbólico relevante, embora ainda gere debates sobre seus desdobramentos práticos e o contexto político no qual a medida é anunciada.
Essa trajetória coloca cultura, fé e políticas públicas em movimento, com impactos para diferentes setores. E você, o que pensa sobre essa iniciativa? Deixe seu comentário e participe da conversa.

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