A Casa da Mulher Brasileira (CMB), em Salvador, completou dois anos, mantendo atendimento 24h na Avenida Tancredo Neves, Caminho das Árvores. Ao todo, foram 28.709 atendimentos a vítimas de diferentes tipos de violência.
Entre os atendimentos, 3.614 resultaram em medidas protetivas. A violência psicológica foi a mais frequente (64,7%), seguida de violência moral (50,8%) e física (35,6%). Também foram registrados 2.612 casos de violência sexual.
Entre os 28.709 atendimentos, 16.276 resultaram em encaminhamentos para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). A maioria das vítimas (87,8%) se autodeclarou preta ou parda, com 28% tendo 46 anos ou mais.
“Esses dois anos não representam comemoração, mas responsabilidade. Os números não são positivos, eles revelam que a violência existe, mas também mostram que mais mulheres estão rompendo o silêncio e acessando uma rede de acolhimento integrada, humanizada e contínua, que hoje é referência nacional”, disse Fernanda Lordelo, titular da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ).
Entre os serviços, destaca-se o Centro de Referência de Atenção à Mulher Loreta Valadares. As vítimas recebem apoio psicossocial, assistência jurídica, cuidados de saúde e orientação para moradia segura, com encaminhamentos diretos para a Deam, TJ-BA, MP-BA e Defensoria. O espaço também abriga um abrigo temporário com 16 vagas para vítimas e crianças menores de 18 anos, além de brinquedoteca.
Essa atuação fortalece a rede de enfrentamento à violência na região e posiciona a CMB como referência nacional no acolhimento integrado. Como você vê a atuação desta rede de apoio na cidade? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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