O Corinthians protocolou um recurso para suspender o inquérito que pode levar a uma intervenção judicial no clube, instaurado a partir de ação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A informação foi divulgada inicialmente pelo ge.globo.
No documento enviado às autoridades, o clube pede o encerramento da apuração. O departamento jurídico sustenta que uma intervenção judicial seria uma medida extrema e aponta alternativas, como a celebração de um Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC).
A diretoria também argumenta que outros clubes do futebol brasileiro enfrentam níveis elevados de endividamento e ainda assim não são alvo de intervenções, e afirma que já há medidas em andamento para enfrentar a crise financeira. Entre elas estão a reprovação das contas do ex-presidente Augusto Melo, a criação de um comitê de reestruturação financeira e a abertura de negociações com a Caixa Econômica Federal e com a União para revisar valores relacionados ao financiamento da Neo Química Arena e a débitos tributários.
O MP-SP, por sua vez, apresentou manifestação contrária ao pedido e solicitou a manutenção do inquérito. Segundo o órgão, existem indícios de má gestão, desorganização administrativa, fragilidade econômica e financeira, além de instabilidade política. O MP afirma que a atuação está amparada pela Lei Geral do Desporto e pela Lei Pelé, que estabelecem princípios de transparência na gestão de entidades esportivas.
Na contestação, o MP sustenta que o objetivo do pedido de intervenção é resguardar os interesses do próprio Corinthians e informa que, caso a apuração avance, a Promotoria de Justiça acompanhará o processo.
No momento, o pedido tramita com efeito suspensivo. A definição sobre a continuidade ou não do inquérito depende do julgamento pelo Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo.
Como isso pode impactar o cenário do futebol paulista? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da discussão sobre a atuação do MP e a gestão esportiva no país.

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