‘Que mais ninguém no mundo sinta a dor que sinto agora’, diz pai de ciclista morto

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Na próxima terça-feira,07, o professor de educação física Rodrigo Castro estaria comemorando o aniversário com amigos e a família. Para prestar uma homenagem póstuma ao jovem, assassinado na última quarta-feira, num roubo no Dique do Tororó, ciclistas de diversos grupos da cidade e familiares se reuniram no Campo Grande, na manhã desse domingo(05), num ato ciclístico por justiça e paz em direção ao local onde Rodrigo morreu. 

Visivelmente emocionado, o pai de Rodrigo, Eliecer Castro esteve presente e fez um apelo às autoridades públicas que olhem para a segurança pública na cidade com mais atenção para que outras famílias não precisem lamentar a perda de seus entes queridos. �??Não gostaria que mais ninguém no mundo sentisse a dor que sinto agora. Na próxima terça, meu filho estaria festejando e, hoje, estamos aqui, pedindo paz e respeito aos ciclistas, às famílias em geral�?�, destacou.

Sem querer se aprofundar nos detalhes, Eliecer disse que se sente reconfortado com os rumos que a investigação sobre o assassinato do filho está tendo e acredita que até o final da próxima semana, o crime esteja esclarecido. �??Não podemos atrapalhar as investigações, mas acreditamos que, em breve, conseguiremos ter mais clareza sobre esse roubo que tirou a vida de meu filho�?�.

Quem também esteve presente ao ato foi a noiva de Rodrigo, Cíntia Sanny Sampaio. Durante o percurso que foi do Campo Grande ao Dique do Tororó, ela segurou uma bicicleta pintada de prata, simbolizando a paz e o pedido de justiça para elucidação da morte do rapaz. �??�? difícil acreditar e, confesso, que tem horas que gostaria de estar sonhando. Mas é preciso que esse medo de sair de casa sem saber se voltará acabe. Não se pode viver assim…Nenhum bem material vale uma vida�?�, refletiu. 

Rodrigo Castro, de 24 anos, foi morto com um tiro na noite da quarta-feira (1º) na região do Dique do Tororó. O rapaz conversava com Cíntia quando foi surpreendido pelos assaltantes, que levaram a bicicleta. Rodrigo prestaria concurso para a polícia civil e usava a bicicleta para treinar para os testes de aptidão física. 

De acordo com o organizador da atividade, o ciclista Ramon Brito, a proposta do ato é pedir o fim da violência e sensibilizar a sociedade para a insegurança pública. �??Os ciclistas estão expostos a todo o tempo e as autoridades precisam atentar para esse fato. Locais como o Dique do Tororó, Avenida Luís Eduardo Magalhães, San Martin, Boca do Rio se tornaram proibitivos para quem pedala�?�, reclamou. 

Há cerca de um ano, Ramon sofreu um assalto e perdeu a bicicleta que usava em competições. �??Além da perda do bem, existe a perda da vida. Os criminosos não se contentam em roubar o veículo, eles agridem e matam. Por isso, estamos pedindo por paz�?�, completou.

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Foto: Ana Albuquerque/CORREIO

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