Tribunal da Relação de Lisboa autoriza extradição de Nelma Kodama

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O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) divulgou, nesta quarta-feira (29), que autorizou a extradição para o Brasil da doleira Nelma Kodama, presa em abril deste ano, na cidade de Lisboa, em Portugal, durante uma operação da polícia brasileira contra o tráfico internacional.
 
Nelma é suspeita de atuar como doleira para o narcotráfico, mas também já foi condenada na Operação Lava-Jato e outras investigações ligadas à receptação de joias roubadas. Dentre os feitos, ela já foi presa com 200 mil euros escondidos na calcinha. De acordo a decisão tomada na terça-feira (28), mas divulgada nesta quarta, o pedido de extradição das autoridades brasileiras “respeita as exigências de forma impostas pela Convenção de Extradição da Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)” e “não se vislumbra fundamento” para recusar a extradição pelo Brasil.
 
Segundo o G1 Bahia, a defesa de Nelma Kodama informou que a decisão de extradição não será cumprida de imediato, já que existe uma possibilidade de interposição de recurso em Portugal, que pode ser feita no prazo de 10 dias.
 
Além de Nelma Kodama, outras cinco pessoas foram presas durante a operação no Brasil, entre elas o ex-secretário estadual de ciência e tecnologia de MT, Nilton Borgato, que se licenciou do cargo para disputar uma vaga de deputado federal.
 
O caso 
Sete pessoas foram presas em abril deste ano em uma operação da Polícia Federal que combate o tráfico internacional de drogas – cinco no Brasil e duas em Portugal, incluindo a doleira Nelma Kodama, ex-namorada do também doleiro Alberto Yousseff, que foi detida em um hotel de luxo no país europeu. 

Na época, o delegado Adair Gregório, responsável pela investigação na Bahia, disse: “São pessoas bem sucedidas, mas que eram  lideranças da organização. Todos os presos hoje são peças fundamentais na organização”. 

Nelma foi acusada de agir em parceria com Yousseff em um esquema para lavar dinheiro que movimentou mais de R$ 10 bilhões. Ela cumpriu pena de cinco anos por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa, variando entre o regime fechado e o domiciliar. Em 2019, ela parou de usar uma tornozeleira eletrônica, após três anos de monitoramento.

Segundo O Globo, por conta de dívidas, na época a doleira chegou a organizar um bazar em que oferecia peças de várias grifes. Ela chegou a dever mais de R$ 100 milhões em multas por sonegação fiscal e reparação de danos, entre outros crimes investigados pela Lava Jato. 

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