IGP-M, a inflação do aluguel, desacelera para 0,21% em julho

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O Índice Geral de Preços ??? Mercado (IGP-M) subiu 0,21% em julho, uma desaceleração em relação às altas de meses anteriores, de acordo com divulgação feita nesta quinta, 28, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O índice é conhecido como ???inflação do aluguel??? por ser muito usado em contratos do setor imobiliário para reajustar os valores. Em junho de 2022, o índice havia avançado 0,59% e, em julho de 2021, 0,78%. Agora, no acumulado de doze meses, o IGP-M registra subida de 10,08%, enquanto no mesmo mês do ano passado, o acumulado era de 33,83%. Apenas em 2022, o avanço é de 8,39%.

O IGP-M é composto de três índices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do total e calcula a variação dos preços no atacado, arrefeceu de 0,30% para 0,21% em julho ??? subiu 10,14% em 12 meses. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, registrou deflação de 0,28% ??? o que fez a alta acumulada em 12 meses desacelerar de 10,23% para 9,02%. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), responsável pelos 10% restantes, desacelerou de 2,81% para 1,16%, conforme divulgado pela FGV na terça, 26. Com isso, a alta acumulada em 12 meses agora é de 11,66%.

Em comentário sobre o resultado, André Braz, coordenador do índice de preços, afirmou que o resultado foi causado principalmente pela queda nos preços das commodities e por cortes de impostos sobre energia elétrica e gasolina. ???Preços de commodities importantes estão cedendo, refletindo os riscos de um cenário macroeconômico pouco animador. Segundo o índice ao produtor, ocorreram recuos importantes nos preços do minério de ferro (de -0,32% para -11,98%), do milho (de -1,21% para -5,00%) e da soja (de -0,80% para -2,05%). No âmbito do consumidor, a redução do ICMS da energia elétrica (de -0,34% para -3,11%) e da gasolina (de -0,19% para -7,26%) influenciaram destacadamente o resultado do IPC, que registrou queda de 0,28%. Se não fosse a redução do ICMS, o IPC não teria registrado taxa negativa???, avaliou Braz.

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