Adiada a decisão sobre tombamento do Colégio Pitágoras Cidade Jardim

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Foi adiada para 10 de agosto a reunião do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM-BH), que vai analisar o tombamento do prédio do Colégio Pitágoras Cidade Jardim, localizado na Avenida Prudente de Morais, 1602, na Região Centro-Sul. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (3), no Diário Oficial do Município. 
Caso seja tombado, o prédio da década de 1950 não poderá ser demolido, e qualquer projeto para intervenção deverá ser apresentado ao conselho. 
A história da construção começa há 72 anos, conforme documentos da Fundação Municipal de Cultura – a edificação abrigou inicialmente uma unidade do Colégio Sacré Coeur de Jesus de Belo Horizonte, cujo  projeto original data de 9 de março de 1950. O prédio foi erguido em parte dos lotes 31, 33, 35 e 37, da ex-Colônia Afonso Pena. As colônias datam dos primórdios de BH e foram incorporados às zona suburbana e, então, loteadas, nunca servindo ao propósito inicial de abastecimento da capital inaugurada em 12 de dezembro de 1897. 
Em 1952, a primeira parte da edificação que se estende entre as ruas Iraí até a Rua Santa Madalena Sofia já estava concluída, e nesse ano que o prédio começa a ser usado como Colégio Sacré Coeur de Jesus. Quatro anos depois, o projeto ganha um bloco lateral esquerdo e parte do bloco central direcionado para a Avenida Prudente de Morais, com a conclusão em1958. No ano seguinte, vem o término da última parte da construção: a capela. As pesquisas mostram que o engenheiro e arquiteto foi o responsável pela Vicente Buffalo, integrante da primeira turma da Escola de Arquitetura de Belo Horizonte, criada em 1930. 
O Sacré Coeur de Jesus funcionou em BH até a década de 1970, quando o prédio cedeu lugar ao Colégio Pitágoras Cidade Jardim, pertencente a um grupo estudantil leigo fundado na década de 1960. Atualmente, o espaço se encontra em manutenção. Ainda conforme a PBH, “o objetivo é que, depois da finalização das obras e reparos no local, ele seja devolvido de forma definitiva à Congregação da Sociedade do Sagrado Coração de Jesus para que dê continuidade ao seu uso”. 
Quanto à importância do imóvel como patrimônio cultural de BH, os especialistas destacam se tratar de representante de uma das diversas tipologias de escolas construídas na capital mineira. Assim, a edificação se insere no entorno do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Mosteiro Nossa Senhora das Graças. O estilo das fachadas frontais remete ao neoclássico, sendo um exemplar de grande representatividade arquitetônica e paisagística, “bem como fonte de informação para a compreensão das estratégias de organização do espaço, técnicas construtivas e estudos da história da arquitetura”.

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