Disputa judicial paralisa venda dos campos de petróleo baianos

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Apesar do acordo anunciado em abril deste ano para a venda do Polo Bahia Terra, por parte da Petrobras para as empresas PetroRecôncavo e Eneva, ações judiciais mantém em suspense o futuro produção de petróleo em terra na Bahia. A situação preocupa representantes do setor de óleo e gás no estado. 

Em abril foi feito o anúncio oficial da proposta vencedora pelo consórcio da PetroRecôncavo e a Eneva, empresas com larga reputação no mercado e capacidade financeira ??? inclusive, a PetroReconcavo é baiana e atua há mais de 20 anos na indústria de petróleo e gás do Brasil. O problema é que outra empresa que participou da licitação, a Aguila Energia e Participações, contesta o resultado. 

Producao de petroleo na Bahia Foto Evandro Veiga Arquivo
Produção de petróleo baiana se concentra em campos terrestres (Foto: Evandro Veiga/Arquivo CORREIO)

A Petrobras anunciou ter recebido uma proposta da Aguila, mas a mesma acabou não sendo aceita pela estatal. 

Um manifesto assinado por empresas e entidades do setor de petróleo e gás foi divulgado na última segunda-feira (9), pedindo que uma decisão seja tomada com brevidade a respeito do assunto. 

Nos últimos 32 meses, a produção terrestre caiu 43% por aqui e nem mesmo a alta no valor do barril foi suficiente para reverter este quadro. Faltavam investimentos para a ampliar a produção, por parte da estatal. E, quando se esperava uma virada, entra em cena a disputa judicial. 

Na semana passada, Ricardo Alban, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), divulgou um manifesto de apoio à venda do Polo Bahia Terra. Ele destacou os benefícios econômicos da retomada na produção terrestre para a economia baiana. 

“Na Bahia, a exemplo de outros estados do país, está em curso um processo perverso de queda da produção de óleo e gás em terra”, afirmou Alban. Citando dados da ANP, ele lembra que a produção baiana caiu de 44 mil barris de petróleo (bpd) em 2011 para pouco mais de 20 mil bpd em 2021. “Hoje é menos da metade do que era produzido há 10 anos. Tal fato não foi por falta de petróleo, pois ainda há reservas significativas no estado, mas veio da falta de investimentos no setor, resultado de uma deliberada saída da Petrobras da exploração de campos maduros”, avalia.

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