Pestana diz que desempenho de Zema e Kalil é ‘calçado em mentiras’

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Candidato do PSDB ao governo mineiro, o ex-deputado federal Marcus Pestana disse, neste sábado (3/9), que o desempenho de Romeu Zema (Novo) e Alexandre Kalil (PSD) na corrida eleitoral é “calçado em mentiras”. Em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde cumpriu agenda ao lado do presidenciável Ciro Gomes (PDT), o tucano afirmou que o postulante à reeleição “não é nada de Novo” e chamou de “galinho de briga” o ex-prefeito de Belo Horizonte.

“Os pilares do desempenho dos meus dois principais adversários são calçados em mentiras. Zema não é um mineirinho, ‘simplezinho’, identificado com o povo. Pelo contrário: é um milionário, o mais rico desta campanha (estadual). Essa coisa de ‘marquetagem’, demagogia, ele exagera”, criticou.

Segundo Pestana, Kalil tem estilo distinto ao visto em Zema. “Kalil, sabemos, tem atitude mais positiva que a pasmaceira, a falta de liderança e a falta de garra do Zema. Kalil cai no extremo oposto: o excesso. Ele tem uma personalidade que o leva a ser identificado pela população como um ‘galinho de briga’, uma pessoa instável, que não une.”

Ontem, pesquisa do Instituto F5 Atualiza Dados, divulgada com exclusividade pelo Estado de Minas, mostrou que a chapa liderada pelo PSDB tem 1,1% das intenções de voto na disputa pelo governo estadual. Primeiros colocados, Zema e Kalil somam, respectivamente, 47,8% e 30,9%.

“Zema não é nada de Novo. Ele fala que vem em nome de uma nova política, mas tudo o que ele faz se acopla à velha política”, protestou Pestana, mencionando a ampla coligação feita pelo Novo para a eleição deste ano. O partido rompeu com a tradição de lançar candidaturas isoladas e, neste ano, se aliou a nove partidos do centro à direita, como MDB, PP e Solidariedade.

Economia gera críticas

O candidato a vice na chapa de Pestana é Paulo Brant, que é o atual vice-governador de Zema. Na quinta-feira (1°), ao podcast “EM Entrevista”, Brant criticou a postura do governador a respeito das contas públicas e afirmou que “não é correto dizer que o trem está nos trilhos”.

A tese dele foi corroborada por Pestana. “O governador só paga as contas em dia. Não é por nenhum ajuste feito a partir de uma boa gestão. Ele melhorou um pouquinho a gestão de caixa em relação a (Fernando) Pimentel, mas vão ser 48 parcelas da dívida (com a União), que vão dar quase R$ 50 bilhões de herança maldita para o futuro governo”, criticou.

Embora setores do PSDB critiquem Zema, a opção por uma candidatura própria gerou estresse. Isso porque os tucanos formam uma federação partidária com o Cidadania, que desejava compor a coalizão de Zema. No modelo, as legendas que se unem devem agir como uma agremiação única.

Minoritário, o Cidadania teve de aceitar a chapa liderada por Pestana e entregar à candidatura o tempo de rádio e TV. Informalmente, porém, lideranças da sigla apoiam a reeleição do político do Novo.

“A população só está entrando no jogo agora. Ela não está preocupada com a eleição. Agora, com a TV, o rádio e a intensificação da (campanha na) internet, estamos envolvendo a população. O estado geral é de desalento e desesperança. As pessoas não estão com disposição para se dedicar e refletir. Temos que, cada vez mais, trazer a população. Aí, sim, a comparação (entre as candidaturas) vai ocorrer”, conjecturou.

Miranda confia em vitória na corrida ao Senado

O PSDB de Pestana conta com o apoio do PDT, que lançou Bruno Miranda como candidato ao Senado. Vereador de Belo Horizonte, ele entrou na disputa a fim de dar palanque a Ciro em Minas Gerais. Miranda acompanhou Ciro e Pestana na caminhada em Contagem e, apesar de ter entrado no páreo depois de outros postulantes, como Cleitinho Azevedo (PSC) e Alexandre Silveira (PSD), que fizeram pré-campanhas, confia na vitória.

“Começamos muito bem. Estamos crescendo – e vamos crescer mais ainda. Agora é andar e trabalhar, porque, dentro de casa, a gente não ganha eleição”, projetou.

Na última pesquisa do Instituto F5 sobre o Senado, Miranda aparece com 1,9% das intenções de voto. Por causa da margem de erro de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, Cleitinho e Silveira estão tecnicamente empatados na liderança – eles têm 15,9% e 15,2%, respectivamente.

A sondagem do Instituto F5 citada neste texto está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números MG-03242/2022 e BR-01335/2022.

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