Patrões são indiciados por tortura a dois funcionários em loja de Salvador

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O empresário e o gerente que agrediram funcionários de uma loja em Salvador foram indiciados por tortura, informou a Polícia Civil. O inquérito foi concluído e segue para o Ministério Público.

Alexandre Carvalho, dono da loja, também vai responder por constrangimento ilegal e exercício arbitrário. O primo dele, Diógenes Carvalho, que é gerente do estabelecimento, foi indiciado somente por tortura. O caso foi em agosto. Segundo os funcionários, eles foram acusados de furtar R$ 30 da loja, que fica na Joana Angélica.

Eles são acusados de queimar a mão de um funcionário com a inscrição “171”, artigo do Código Penal que trata de estelionato, além de agredi-lo com pauladas. Outro funcionário também foi agredido fisicamente.

“Me bateram, me agrediram, queimaram minha mão com ferro de passar roupa e disseram que eu estava roubando nos dois meses que eu trabalhei na loja, me pedindo pra confessar e me gravando”, disse um dos funcionários, Willian de Jesus, 24 anos, à TV Bahia, na época do fato. “Depois de dois dias, meu colega foi agredido”.

O outro funcionário, Marcos Silva, 24, contou que trabalhou no local por um ano e nunca roubou nada. “Por causa de R$ 30 não tinha necessidade de falar aquilo. Se queria me botar fora, era só ele falar que não queria mais”. 

Em imagens que circularam nas redes sociais, é possível ouvir uma voz dizendo “Bota 171 aí, ladrão”. Os vídeos teriam sido gravados pelos próprios acusados.

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