
Irina Karamanos, companheira do presidente do Chile, Gabriel Boric, e primeira-dama do país, anunciou nesta terça-feira, 4, que deixará a presidência de uma das seis fundações que hoje estão sob seus cuidados, uma decisão que marca o início de uma reformulação do posto. Karamanos, à frente da Direção Sociocultural da Presidência do Chile, anunciou que, após uma mudança de estatutos, ???não será mais a primeira-dama quem preside o diretório??? da Fundação Integra, encarregada de administrar 1.200 creches e pré-escolas públicas ao longo do Chile. ???Este é o começo de um caminho que percorreremos gradativamente com as cinco fundações restantes para aproximá-las institucionalmente dos ministérios com os quais se vinculam tematicamente???, explicou. O passo dado nesta terça ???responde a uma inovação institucional, reflexo do compromisso com a probidade e novas formas de fazer política???, destacou, por sua vez, o presidente Gabriel Boric. A cientista social de 32 anos dividiu o feminino chileno quando anunciou, em março, que apesar de sua negativa inicial, assumiria o cargo de primeira-dama do Chile, com o ???fim de reformulá-o de dentro???.
Além de dirigir as seis fundações sociais, Karamanos participa de atividades protocolares, entre elas acompanhar o presidente Boric a uma visita recente aos Estados Unidos. A reformulação completa do cargo será concretizada ???até o fim do ano???. Paralelamente, ???estarei acompanhando o presidente em várias atividades protocolares em qualidade de seu companheiro???, acrescentou. ???Todas as atividades que tem como presidente das fundações é o que vai deixar de fazer, mas ela continua e mantém exatamente igual suas atividades como companheira do presidente???, explicou à AFP o gabinete de imprensa de Karamanos. O cargo de primeira-dama não é regulamentado no Chile. Tradicionalmente, não é remunerado, mas gerencia um orçamento milionário e tem escritório no palácio presidencial de La Moneda. Companheira de Boric desde 2019, de ascendência grega e alemã, Karamanos estudou na Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e integra a Frente Feminista do partido governista, Convergência Social.
*Com informações da AFP
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