Xi Jinping recebe inédito terceiro mandato de presidente da China

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Situação ratifica condição dele de líder mais poderoso do país em décadas; chineses seguem sob seu comando desde 2013

EFE/EPA/MARK R. CRISTINO / POOL

Presidente chinês, Xi Jinping, presta juramento durante Terceira Sessão Plenária da Assembleia Popular Nacional (APN), no Grande Salão do Povo, em Pequim

Presidente chinês, Xi Jinping, presta juramento durante Terceira Sessão Plenária da Assembleia Popular Nacional (APN), no Grande Salão do Povo, em Pequim

Xi Jiping obteve, nesta sexta-feira, 10, um inédito terceiro mandato presidencial na China após uma votação do órgão legislativo do país, ratificando sua condição de líder mais poderoso do país em décadas. A reeleição por cinco anos como chefe de Estado acontece depois que Xi conseguiu em outubro prolongar seu mandato à frente do Partido Comunista e do Exército, os dois cargos de liderança mais importantes da China. O resultado da votação dos deputados, divulgado pouco antes das 11 horas locais (meia-noite em Brasília), foi avassalador: 2.952 votos a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção. Mas a situação não era inesperada, já que o Parlamento está, na prática, subjugado ao Partido Comunista (PCC). Candidato único à Presidência, o mandatário de 69 anos estabeleceu como prioridade o desenvolvimento de setores em busca da autossuficiência da China diante do que Pequim vê como uma política de “contenção” do Ocidente para impedir o desenvolvimento do gigante asiático.

Os últimos meses foram difíceis para Xi, com grandes manifestações no final de novembro contra sua política de “covid zero” e uma onda de mortes após o abandono dessa estratégia em dezembro. Essas questões delicadas foram evitadas durante a sessão anual do Parlamento, um evento cuidadosamente coreografado no qual Li Qiang, aliado de Xi, deverá substituir Li Keqiang como primeiro-ministro. O Congresso Nacional do Povo (CNP) reunido em Pequim também deve eleger formalmente um novo vice-presidente para substituir Wang Qishan.

Os deputados concentraram-se nestes dias num projeto de reforma institucional que visa fortalecer o Ministério da Ciência e Tecnologia e as capacidades da China no setor digital. O Legislativo da China aprovou um novo plano para reformar as instituições de seu Conselho de Estado, o gabinete, antes de entregar a Xi Jinping um terceiro mandato como presidente, informou a agência de notícias estatal Xinhua. Entre as principais mudanças, apresentadas na terça-feira durante as reuniões da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) e do Congresso Nacional do Povo (legislativo), está a criação de uma nova agência reguladora nacional para o setor financeiro.

*Com informações da EFE e da AFP

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