Haddad elogia articulação para convencer Congresso sobre âncora fiscal

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Durante participação virtual em seminário nesta terça-feira, o ministro da Fazenda disse que o arcabouço fiscal tem tido boa receptividade no meio político

TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Fernando Haddad

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista coletiva

Durante participação virtual no “Seminário Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI”, nesta terça-feira, 21, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o arcabouço fiscal tem tido boa receptividade no meio político. Nesta segunda-feira, 20, o ministro se reuniu com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para apresentar a proposta: “Agradeço ao ministro Alexandre Padilha e os líderes Guimarães, Randolfe e Jaques Wagner, que têm feito toda a mediação com o parlamento, os presidentes das duas Casas e com os líderes, não apenas da base, com quem nos reunimos com mais frequência, mas também líderes importantes da oposição, que estão tendo discernimento de separar aquilo que é governo daquilo que é o Estado brasileiro, daquilo que é uma agenda republicana de longo prazo. Estão sabendo fazer essa distinção”. A ideia inicial da equipe econômica era apresentar a chamada âncora fiscal antes da viagem do presidente Lula (PT) à China, mas o anúncio foi adiado para abril. Seria uma forma de mostrar ao Banco Central que as condições estariam sendo criadas para uma redução na taxa básica de juros e pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom), que decide nesta quarta a manutenção ou não da taxa Selic, que está em 13,75%.

Ainda no evento promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Haddad fez coro às críticas contra a taxa básica de juros. Para ele, a inflação brasileira está sob controle e os juros estão altos despropositadamente: “Nossa inflação está mais controlada do que no resto do mundo e a nossa taxa de juros está exageradamente elevada, o que significa espaço para cortes. Em um momento que a economia brasileira pode e deve decolar, não temos porque temer tomar as decisões corretas no Brasil, tanto do ponto de vista do arcabouço fiscal quanto do ponto de vista monetário, porque há espaço para isso”. O ministro da Fazenda seguirá com o presidente Lula para a viagem internacional à China e a comitiva brasileira deve retornar ao país na semana que vem.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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