Se texto atual do arcabouço fiscal for aprovado, governo precisará cortar até R$ 40 bilhões dos gastos, diz Tebet

Publicado:


fta20230612083

De acordo com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, caso o novo arcabouço fiscal seja aprovado com o texto sancionado da Câmara dos Deputados, e governo precisará cortar entre R$ 32 bilhões e R$ 40 bilhões do orçamento público para o próximo ano. Ela afirmou nesta segunda-feira, 12, que a equipe econômica da pasta irá apresentar ao Senado o cenário sobre a ótica do ministério durante reunião marcada para quinta-feira, 15. “Se o arcabouço for aprovado do jeito que está, obviamente, vamos cortar gastos no ano que vem”, indicou Tebet. A advogada reforçou que o governo irá seguir as determinações do Congresso. “Mas significa que o arcabouço não vem com essa frouxidão de gastos públicos como muitos apresentaram. Ao contrário, está mais restritivo. Vamos mostrar isso para o Senado”, afirmou. Diferentemente do texto original, gastos com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o piso salarial da enfermagem foram incluídos no limite de gastos. A proposta prevê que o governo seja autorizado a expandir seus gastos em uma porcentagem entre 0,6% e 2,5% da arrecadação do ano anterior, quando houver superávit.

A ex-senadora também relevou a possibilidade de encaminhar um projeto de crédito suplementar para contabilizar a diferença da inflação, caso o texto da Câmara seja mantido. Segundo Tebet, isso ajudaria a criar uma válvula de escape nos gastos públicos. No Relatório de Mercado Focus desta segunda-feira, 12, os economistas estimam alta de 5,42% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na semana passada, a projeção era de 5,69%. Neste ano, o teto da meta é 3,25%, com meta de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, analistas já estimam estouro do índice definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). “Óbvio que isso gera toda uma questão no mercado, de insegurança e tudo mais. Mas é um caminho”, afirmou. Ela complementou que todas essas questões serão apresentadas aos parlamentares para deliberação.

 

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

INSS proíbe Banco Master de conceder crédito consignado a aposentados e pensionistas

O INSS anunciou na última sexta-feira (10) que não irá renovar o acordo de cooperação com o Banco Master, impedindo a instituição de...

Inadimplência atinge maior patamar da série histórica, diz CNC

Setembro de 2025 marcou um ponto crítico para as famílias brasileiras. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou...

Lula garante que fintechs pagarão o ‘imposto devido’ para compensar derrubada da MP do IOF

Na noite da última quarta-feira (8), a Câmara dos Deputados decidiu, por votação, derrubar a Medida Provisória que alterava o Imposto sobre Operações...