Em 24 horas, mais de 3 mil fogem de bairro da capital do Haiti para se proteger de grupos criminosos

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pessoas fugindo do havai

Mais de três mil pessoas fugiram nesta terça-feira, 15, de um bairro de Porto Príncipe, capital do Haiti, para tentar se proteger do grupos criminosos que assolam a região. Segundo um cálculo do Departamento de Proteção Civil do Haiti, estima-se que o número passe dos 3.100, e que pode aumentar nos próximos dias. A fuga foi feita por meio de carros lotados, motos e a pé. Os criminosos saquearam e incendiaram várias residências, o que provocou muitas mortes, segundo moradores. As autoridades haitianas confirmaram os incêndios de casas e mortes no bairro, mas não divulgaram um balanço preciso. “Estamos vivendo uma situação extremamente difícil”, explicou Elie Derisca, morador do distrito Carrefour-Feuilles, ao sul de Porto Príncipe. O bairro é atacado com frequência por uma gangue liderada por Renel Destina, conhecido como Ti Lapli, procurado pela Justiça dos Estados Unidos por sequestros de cidadãos americanos. “Os policiais que moram na área não têm mais recursos para nos defender. Os bandidos conseguiram assumir o controle das nossas casas”, disse Derisca.

O caos nas ruas de Carrefour-Feuilles era visível na terça-feira. Alguns moradores carregavam malas, outros empilhavam colchões e móveis em seus carros. “Nem sei para onde ir. Tive que abandonar minha casa”, declarou Destina. Algumas pessoas buscaram refúgio em praças públicas e dentro de escolas públicas em bairros considerados mais seguros.  Na segunda-feira, 14, moradores de Carrefour-Feuilles protestaram contra a falta de segurança. A polícia haitiana prometeu, em um comunicado, combater as gangues, mas a declaração não acalmou os residentes, que seguiram abandonando o distrito. O Haiti sofre há décadas com uma economia instável, além da crise política e de segurança. O assassinato do presidente Jovenel Moise em 2021 agravou a situação de forma dramática e os grupos criminosos ganharam mais força. As gangues controlam atualmente quase 80% de Porto Príncipe e os sequestros, estupros, roubos e assassinatos representam um problema diário.

*Com informações da AFP

 

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