O policiamento ostensivo feito pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) está ameaçado de sofrer um duro golpe e ficar consideravelmente desfalcado nas próximas semanas. Isso porque, por determinação da corporação, o abastecimento de pelo menos 192 viaturas que estão com a plotagem defasada está ameaçado de ser cortado. Ou seja, viaturas policiais adesivadas com a numeração de unidades diferentes da atual lotação serão encostadas até que a burocracia seja resolvida.
A coluna teve acesso a uma circular datada de 26 de setembro, em que o coronel Jorge Marcos Xavier da Silva, diretor de Patrimônio, Transporte e Suprimento da corporação, determina que toda a frota realize a adequação, primordialmente nos modelos operacionais: Dodge Journey, Mitsubishi ASX e Toyota Corolla. Foi estipulado um prazo de 10 dias para que a ordem seja cumprida.
No documento, o oficial ainda ressalta que os responsáveis pelos veículos em desacordo com as normas terão os registros enviados ao Departamento de Controle e Correição para a adoção das medidas disciplinares cabíveis. “Até que seja regularizada a situação em comento, informo que foi determinado o bloqueio do abastecimento das respectivas viaturas”, destacou o coronel.
Veja o quadro de viaturas que poderão ter o combustível cortado por não usarem o adesivo atualizado:
Adesivo
Militares ouvidos pela coluna afirmam que não há tempo hábil para trocar a plotagem de todas as viaturas em um período de tempo tão curto, principalmente em decorrência da burocracia que envolve retirar a viatura do policiamento e depois fazer a cotação de orçamento para trocar os adesivos.
“O que acontece: as viaturas têm a identificação da unidade como 1º BPM , 2º BPM, por exemplo. Aí várias viaturas são transferidas e acabam ficando com a plotagem antiga. São quase 200 veículos nessa situação”, explicou o policial, que pediu anonimato para não sofrer represálias.
A coluna entrou em contato com o Centro de Comunicação Social (CCS) da PMDF para comentar sobre o corte de combustível das viaturas pela falta dos adesivos. No entanto, até a última atualização desta reportagem, a corporação não havia respondido aos questionamentos. O espaço permanece aberto para possíveis manifestações.
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