Comboio de ajuda humanitária que entrou em Gaza não levou combustíveis para geradores: ‘Apenas ajuda médica’

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O Ministério da Saúde de Gaza informou que o comboio de ajuda humanitária que entrou no enclave palestino neste sábado, 21, não levou combustível, item essencial para manter os hospitais da região funcionando. “Apelamos à comunidade internacional e ao Egito para que trabalhem imediatamente para trazer combustível e necessidades emergenciais de saúde antes que mais vítimas sejam perdidas nos hospitais”, disse o comunicado. Gaza já tem mais de 4.300 mortos. Hospital pararam de funcionar e empresas e residências estão sem energia por causa devido à falta de combustível, que não é enviado para a região desde o começo da guerra entre Israel e Hamas, quando os israelenses decretaram cerco total à região em represália ao ataque sofrido em 7 de outubro que matou 1.400 pessoas em Israel. A entrada de combustível na região não é aprovada por Israel, pois mais do que abastecer a região e devolver a energia, também pode ser utilizado em armas e foguetes administrados pelo Hamas.

A ONU (Organização das Nações Unidas) informa que está havendo discussão quando ao fornecimento deste recurso. Eles adiantam que estão discutindo a possibilidade de rastrear o combustível para evitar que seja utilizado como arma contra Israel. Neste sábado, 20 caminhões de ajuda humanitária entraram no enclave palestino após dias de negociações. Eles levaram alimentos, água, medicamentos e demais itens de sobrevivência. Após a entrada, a passagem de Rafah, entre Egito e Gaza, foi fechada e não se sabe quando será reaberta, disse o presidente do Crescente Vermelho do Norte do Sinai, Khaled Said. Ele enfatizou que os suprimentos entregues ao lado palestino de Rafah são “apenas ajuda médica”, que nenhuma das remessas incluía combustível e que não se sabe quando uma nova entrega de ajuda será feita ao enclave palestino e quantos caminhões poderão entrar

O vice-diretor do escritório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) nos territórios palestinos, Andrea De Domenico, admitiu que essa ajuda não será suficiente para os palestinos em Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas, 1,4 milhão das quais, segundo essa agência da ONU, tiveram que deixar suas casas devido ao bombardeio israelense na parte norte da Faixa. De Domenico disse que há “negociações” entre as partes envolvidas para tornar a entrega de ajuda “sustentável” ao longo do tempo.
Do lado egípcio de Rafah, os voluntários disseram que nenhuma ambulância ou caminhão de combustível entrou no local e que a ajuda é fornecida pelo Crescente Vermelho egípcio e pelas ONGs que fazem parte da coalizão governamental Aliança Nacional para o Desenvolvimento Civil.

*Com agências internacionais 

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