Vítor Pereira afirma que jogadores brasileiros são ‘selvagens’ e dispara: ‘No Brasil não há projetos’

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O técnico Vítor Pereira afirmou que os jogadores brasileiros são “selvagens” e voltou a criticar a pressão imposta sobre os treinadores no país. Durante entrevista ao jornal espanhol “Marca”, o treinador afirmou que no Brasil não há projetos e que os treinadores dependem do que acontece do próximo jogo. “No Brasil, há bons treinadores locais, mas eles buscam adaptar os processos táticos do treinamento europeu à incrível qualidade técnica do jogador local. Além disso, no caso dos treinadores portugueses, ajuda que o idioma seja o mesmo. O ruim é que no Brasil não há projetos. Você vive pendente do que acontece no próximo jogo”, comentou o treinador. Ao ser questionado sobre Vitor Roque (Athletico-PR) e Endrick (Palmeiras), o técnico vê o jogador do Furacão mais preparado para atuar no futebol europeu e pediu tempo aos atletas. Segundo ele, os jogadores brasileiros são “selvagens”, mas ressalta que jogar na Europa “é uma coisa e no Brasil é outra”. Vitor Roque está acertado com o Barcelona, enquanto Endrick jogará pelo Real Madrid. “São jogadores especiais, mas precisam de tempo. Eles precisam trabalhar taticamente porque os jogadores do Brasil são um pouco ‘selvagens’, para que me entendam. Eles têm qualidade técnica e são rápidos, nisso eles se destacam. São jogadores de qualidade, mas uma coisa é jogar no Brasil e outra é jogar na Europa”, comentou. “Endrick muitas vezes não joga no Palmeiras porque ainda falta bagagem tática para entender melhor o jogo. Já Vítor Roque está mais preparado. Ele joga com mais frequência e hoje está um pouco mais pronto do que Endrick. De qualquer forma, precisam de tempo e carinho para colocarem seu talento em funcionamento”, completou.

O português ainda citou “grande trabalho” no Corinthians, e afirmou que pelo Flamengo disputou títulos sem treinar. Atualmente, Vítor Pereira está sem clube. “Cheguei ao Flamengo e comecei a disputar títulos sem treinar. Em dois meses disputávamos quatro títulos. No Brasil, o grande problema é que as viagens são muito longas, as diferenças de temperatura são enormes, há muitas competições e você tem pouco tempo para treinar. Eu preciso disso para implementar minha forma de jogar. No Flamengo, não tive tempo. No Corinthians, por outro lado, acredito que fizemos um ótimo trabalho”, concluiu.

 

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