Tarcísio restaura Palácio pintado por Doria e inaugura nova exposição

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São Paulo – Após quatro meses de obras para restaurar o Palácio dos Bandeirantes, que foi pintado de preto e cinza na gestão do ex-governador João Doria, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) inaugurou, nessa segunda-feira (22/4), uma nova exposição do Acervo Artístico-Cultural do Palácio, que conta com uma das mais completas coleções modernistas do Brasil.

No lugar de um hall de entrada sisudo, tomado de cinza e com ar minimalista, o Palácio tem agora as “novas” paredes brancas repletas de obras que se conectam entre si por meio de suas temáticas, aproveitando as mais de 100 peças reunidas pelo acervo, principalmente a partir dos anos 1960.

Embora algumas salas de gabinetes, restritas aos servidores públicos, ainda tenham as paredes de madeira pintadas em tons escuros, as áreas que foram reabertas para visitação pública ganharam as cores originais (veja abaixo). Doria havia mandado “repaginar” o Palácio ao seu estilo, em 2019. A reforma custou R$ 1,1 milhão à época.

Com a nova exposição, a equipe do acervo espera democratizar o espaço, que recebeu apenas 3 mil pessoas no ano passado, contando com visitas de colégios. O acervo do Bandeirantes é aberto ao público, mediante agendamento prévio, com três horários de visitação guiada de segunda à sexta-feira, e dois aos sábados.

 

 

São Paulo: Povo, Terra e Trabalho A nova exposição do acervo marca também o aniversário do Palácio, que completou 59 anos nessa segunda-feira. O prédio foi erguido pela família Francisco Matarazzo para abrigar uma universidade que nunca funcionou.

A nova curadora do acervo, a artista plástica Rachel Vallego, mapeou as mais de 100 obras à disposição do governo para organizar uma exposição centrada nos quadros mais conhecidos, mas que dialogam entre si e retratam uma mostra batizada “São Paulo: Povo, Terra e Trabalho”.

A obra mais renomada é o quadro Operários, de Tarsila do Amaral, de 1933, que retrata a diversidade do povo paulista. Outros destaques são O Descanso, de Alberto Baroni, de 1960, O Tênis, de Vicente do Rego Monteiro, de 1928, e O Teatro, de Maria Vieira da Silva, de 1955.

Essas telas ficam de frente para o Casal Brasileiro, obra de Alex Flemming pintada em 2000 e que também é outro chamariz da coleção. A obra contemporânea, que vai se tornando mais nítida conforme o expectador caminha ao redor dela, foi o ponto central da ala da exposição que fala do Povo.

Na sequência, o expectador é apresentado a obras como Maternidade Indígena, do pernambucano Vicente do Rego Monteiro, um dos artistas das Semana de Arte Moderna de 1922, que retrata Maria e o Menino Jesus como indígenas.

Ali há também a obra Mulher com Gato, de Paulo Rossi Osir, feita nos anos 1940, que apresenta uma mulher negra, em uma poltrona, com um felino no colo, e um olhar confiante – cena incomum na sociedade machista e preconceituosa da época.

Já o centro do hall do Palácio ficou com dois quadros icônicos de Clóvis Graciano — Semeadura (1954) e Colheita (1959) —, além do imenso painel São Paulo-Brasil: Criação, Expansão e Desenvolvimento, de Antonio Henrique Amaral, de 1989 – um quadro feito sob encomenda para a parede principal da entrada do Bandeirantes.

A exposição não tem data para terminar, mas algumas obras podem ser acrescentadas ou retiradas no atual mostruário – é comum que o museu faça trocas com outras instituições culturais para mostras temporárias.

As visitas podem ocorrer de segunda à sexta-feira, às 10h, às 14h e às 16. As sábados, os horários são às 10h e às 14h. O agendamento é feito por e-mail, no endereço [email protected].

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