Boulos e Nunes duelam sobre segurança e Marçal é ironizado em debate

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O segundo bloco do debate realizado pela TV Bandeirantes, na noite desta quinta-feira (8/8), em São Paulo, teve como foco principal propostas relacionadas à segurança pública e transporte. Durante o evento, os candidatos aproveitaram para criticar a atual gestão, enquanto o coach Pablo Marçal se envolveu em um momento irônico com o atual prefeito Ricardo Nunes.

O debate da TV Bandeirantes entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, marcando o primeiro da eleição de 2024, reuniu os cinco primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSol), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB). O debate foi dividido em três blocos, sendo o primeiro e o último com perguntas entre os oponentes, e um bloco com questionamentos de jornalistas da emissora.

De acordo com uma pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira (8/8), Nunes e Boulos estão tecnicamente empatados na liderança, obtendo 23% e 22% das intenções de voto, respectivamente. Em seguida, aparecem o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB) com 14% cada. A deputada federal Tabata Amaral (PSB) registra 7%, enquanto a economista Marina Helena (Novo), que não participou do debate, tem 4%.

O segundo bloco do debate trouxe os candidatos respondendo a perguntas feitas por jornalistas da Bandeirantes, com um adversário comentando a resposta. A primeira pergunta abordou a segurança pública, mesmo não sendo uma responsabilidade direta da prefeitura, é uma preocupação crucial para a cidade. Ricardo Nunes se pronunciou sobre as ações planejadas para a Guarda Civil Metropolitana, prometendo uma valorização na carreira e investimentos em equipamentos. Já Guilherme Boulos, em sua réplica, destacou a necessidade de dobrar o tamanho da GCM para melhorar a segurança preventiva na cidade.

Em outra questão, os candidatos foram questionados sobre os projetos da gestão atual que poderiam ser mantidos. José Luiz Datena elogiou o projeto educacional implementado por Bruno Covas e ressaltou a importância de investir na educação, visando garantir que as crianças estejam alfabetizadas aos 8 anos. Datena também enfatizou a segurança no entorno das creches e a importância de uma alimentação adequada para as crianças.

As discussões entre os candidatos à prefeitura de São Paulo durante o debate eleitoral abordaram diversas questões, como a implementação de escolas de tempo integral. Tabata Amaral ressaltou a importância de não partir do zero e elogiou a diversidade de sua equipe, composta por membros de diferentes espectros políticos. Em resposta, Datena criticou a interrupção de projetos iniciados por Bruno Covas na gestão de Nunes, mencionando obras de mobilidade urbana paralisadas. Além disso, apontou suspeitas de envolvimento com membros do PCC.

Em outro momento, a violência no trânsito, especialmente as mortes de motociclistas, foi abordada, com destaque para a criação da Faixa Azul. Boulos reconheceu como positiva essa iniciativa na gestão de Nunes e prometeu sua ampliação. O candidato do PSol reforçou a importância de investimentos em corredores e faixas de ônibus para priorizar a periferia. Datena, por sua vez, ressaltou que a Faixa Azul era um projeto de Covas e criticou a gestão de Nunes, defendendo maior transparência no transporte público e investigações sobre possíveis ligações com o PCC.

Durante o debate, o prefeito teve direito de resposta em relação às acusações de Datena, destacando a importância do respeito mútuo no processo eleitoral. Em seguida, Tabata Amaral foi questionada sobre o futuro do Minhocão, que segundo o plano diretor, precisa ser desativado. A candidata do PSB mencionou a realização de um plebiscito e prometeu trabalhar em conjunto com a CET para encontrar soluções para o trânsito na região, além de abordar a carência de áreas verdes na cidade. Por sua vez, Pablo Marçal declarou que buscará uma gestão participativa, ouvindo os moradores sobre questões específicas em cada região.

Em relação à mobilidade urbana, Marçal apresentou a proposta de teleféricos em comunidades, inspirada em experiências de sucesso em outras cidades. Ele também mencionou planos de centros olímpicos e gastronômicos em favelas, bem como projetos de empreendedorismo para gerar empregos nas periferias. Nunes questionou a viabilidade dos teleféricos devido ao relevo da cidade, destacando a necessidade de melhorias no transporte coletivo, como a implementação de mais corredores de ônibus. Marçal rebateu as críticas, destacando a importância de não se limitar às barreiras do “é impossível”.

O debate eleitoral evidenciou a diversidade de propostas e a polarização de ideias entre os candidatos, com temas como educação, mobilidade urbana e segurança no trânsito sendo amplamente discutidos. Cada postulante apresentou suas visões e estratégias para enfrentar os desafios da cidade de São Paulo, mostrando a importância do debate democrático e do engajamento cívico.

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