A Polícia Federal revelou que o ex-ministro da Defesa Braga Netto esteve envolvido em uma reunião que discutiu ação de ‘kids pretos’ planejada para assassinar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes em 2022.
A PF indicou que Braga Netto foi figura central no plano de golpe de Estado e atuaria como coordenador-geral de um hipotético ‘Gabinete Institucional de Gestão da Crise’ em caso de ruptura. O planejamento para a ação dos ‘kids pretos’ teria sido acertado em uma reunião na casa de Braga Netto, um mês antes da ação prevista para 15 de dezembro de 2022 – 16 dias antes da posse do presidente eleito Lula.
Os militares envolvidos no plano possuíam especialização em Forças Especiais e se comunicavam utilizando codinomes associados a países que participaram da Copa do Mundo, como ‘Gana’, ‘Japão’ e ‘Brasil’. Eles planejavam ações contra o ministro do STF Moraes em um grupo chamado ‘Operação’. Além disso, um veículo oficial foi utilizado na ação denominada ‘Copa 2022’.
A ação dos militares contou com pelo menos seis participantes, que buscaram dificultar o rastreamento de suas atividades ilícitas habilitando linhas de telefone em nomes falsos e criando um grupo específico de mensagens. O custo estimado para as ações clandestinas, como hospedagem e alimentação, foi de R$ 100 mil.
Os diálogos interceptados indicaram que os participantes se referiam a Moraes como ‘Professora’ e utilizavam codinomes para manter suas verdadeiras identidades em sigilo. O grupo monitorava Moraes, chegando até a véspera do Natal em sua vigilância.
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