Recentemente, a Rússia lançou um míssil balístico capaz de transportar múltiplas ogivas nucleares, o que aumentou as preocupações sobre seu possível uso em conflitos. Especialistas alertam que essa ação representa uma séria ameaça para a Ucrânia e seus aliados, ultrapassando limites estabelecidos desde a Guerra Fria. O míssil chamado “Oreshnik” pode lançar várias ogivas nucleares ao reentrar na atmosfera, podendo carregar até quatro ogivas, graças à tecnologia MIRV.
Após o ataque, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Ocidente de ampliar um conflito regional para uma crise global. Ele expressou disposição para buscar uma solução pacífica, mas afirmou que qualquer ação militar seria respondida de forma contundente. O Kremlin acredita que a mensagem foi compreendida pelos Estados Unidos.
Embora simbólico, o uso desse míssil é visto como uma linha tênue entre dissuasão e escalada. A introdução de mísseis com essa capacidade ameaça o princípio da “destruição mútua assegurada”, que é um pilar da segurança global.
O verdadeiro potencial do novo míssil russo ainda não é totalmente conhecido, mas acredita-se que seja uma versão adaptada do RS-26 Rubej, com alcance de até 5,8 mil quilômetros e capacidade para quatro ogivas nucleares. Putin afirmou que o míssil pode alcançar até dez vezes a velocidade do som, com um alcance variando entre 1 mil e 3 mil quilômetros.
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