Carrefour Brasil lamenta “situação” e admite impacto sobre clientes

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A rede Carrefour no Brasil emitiu um comunicado, nesta segunda-feira (25/11), sobre o anúncio feito pelo CEO da empresa na França, Alexandre Bompard, que decidiu boicotar e não comercializar nenhuma carne produzida no Mercosul.

“Lamentamos profundamente a atual situação e reafirmamos nossa estima e confiança no setor agropecuário brasileiro”, informa o posicionamento da varejista no país.

O Carrefour Brasil diz que sempre manteve uma relação sólida e de parceria com o setor agropecuário brasileiro e admite que a decisão do CEO da companhia, na França impacta diretamente os clientes da rede.

“Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade”, diz o texto da nota.

O grupo salienta que não há falta de carne nos supermercados do Brasil. A situação gerada pela decisão de Bompard, no entanto, provocou revolta e reação imediata dos frigoríficos brasileiros, que decidiram suspender o fornecimento de produtos às lojas da rede, no país. Agora, diante do quadro, a administração local tenta restabelecer a boa relação construída ao longo de décadas.

“Há 50 anos temos construído e mantido uma excelente relação com nossos parceiros e fornecedores, pautada pela confiança mútua. Por isso, estamos em diálogo constante na busca de soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”, informa a rede.

Também nesta segunda, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou estar “feliz” com a decisão de frigoríficos brasileiros de suspender o fornecimento de produtos ao Carrefour no Brasil.

Trata-se de uma retaliação à decisão do CEO do gigante de varejo na França, Alexandre Bompard, de boicotar a carne brasileira, após 40 anos de comércio. Fávaro classificou a posição do francês como um “absurdo”.

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que o Congresso irá pautar medidas de “reciprocidades econômicas” contra a França. Lira ainda cobrou uma “retratação” por parte do CEO.

“Nos incomoda muito o protecionismo europeu, principalmente da França, contra o Brasil, que deverá ter, por parte do Congresso Nacional, em sua pauta, a lei da reciprocidade econômica entre países”, disse Lira no “Global Voices”, evento promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em São Paulo (SP).

A decisão de Alexandre Bompard veio à tona na quarta-feira (20/11), quando ele enviou uma carta ao sindicato agrícola francês FNSEA, dizendo que havia se comprometido a “não comercializar carne do Mercosul”. O texto foi direcionado ao presidente do sindicato, Arnaud Rousseau.

Bompard alegou, na carta, que a decisão foi tomada, porque “em toda a França, ouvimos a consternação e a indignação dos agricultores diante da proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul”.

O Carrefour é, hoje, o segundo maior grupo varejista da França, atrás apenas do E.Leclerc.

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