Os países do G7 declararam que vão cumprir suas “obrigações” em relação à ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por acusações de crimes de guerra na Faixa de Gaza. Os ministros das Relações Exteriores do grupo, que reúne as sete maiores economias do mundo, evidenciaram divergências internas quanto à decisão da corte. A declaração conjunta destacou o compromisso com o direito internacional humanitário e ressaltou que não há equivalência entre o grupo terrorista Hamas e o Estado de Israel.
Além de Netanyahu, o TPI emitiu ordens de prisão para o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e para o chefe do Hamas, Mohammed Deif. Os juízes do tribunal alegaram que há “argumentos razoáveis” para a “responsabilidade criminal” desses indivíduos por crimes de guerra e contra a humanidade. Netanyahu classificou a decisão do TPI como “antissemita”, enquanto os Estados Unidos a consideraram “ultrajante”. A ordem implica que, caso um dos mencionados entre em um país signatário do Estatuto de Roma, as autoridades locais devem proceder com a prisão, embora essa norma tenha sido desrespeitada em ocasiões anteriores.
O chanceler da Itália, Antonio Tajani, destacou que o grupo estava dividido em relação à ordem do TPI, optando por permitir que cada nação decidisse suas “respectivas obrigações”. A declaração enfatizou a necessidade de Israel cumprir suas responsabilidades sob o direito internacional diante da situação crítica em Gaza. Os países do G7 também pediram avanços nas negociações entre Israel e o Hezbollah para um cessar-fogo no Líbano, expressaram preocupação com a violência contra colonos judeus na Cisjordânia, criticaram a “retórica nuclear irresponsável” da Rússia e reafirmaram apoio à integridade territorial da Ucrânia. Em relação à Venezuela, manifestaram preocupação com as violações de direitos humanos e solicitaram a libertação de prisioneiros políticos.
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