Uma construtora de fachada que lavou R$ 10 milhões está localizada em uma casa simples em Samambaia. A empresa fazia parte de um esquema criminoso desmantelado pela Polícia Civil do Distrito Federal. Além desse negócio, outras empresas fantasmas eram usadas para lavar dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Uma delas, a GWIIIN Processadora de Pagamentos, recebeu R$ 66,5 milhões. A investigação revelou que uma firma em São Paulo, que fingia ser um espaço de coworking, também participava do esquema.
O esquema envolvia transportar grandes quantidades de cocaína misturadas a carregamentos de flores, despistando a fiscalização nas rodovias. O líder do tráfico morava em um condomínio de casas no Gama. Sua esposa, responsável por lavar o dinheiro da organização criminosa, foi presa. Pelo menos três empresas de fachada em São Paulo eram usadas para esse fim.
Um motorista de uma floricultura do DF, que não tinha relação com o tráfico, ajudava a transportar as drogas misturadas com flores de São Paulo para o DF. Ele recebia dinheiro pelo serviço e a carga era distribuída entre pequenos traficantes para venda varejista. O esquema foi descoberto pela operação Oleandro, que cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em várias regiões.

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