O Brasil lidera os Brics enquanto enfrenta o risco de uma guerra tarifária com Donald Trump. A intenção do Brasil, neste mandato rotativo, é estabelecer uma moeda própria para os membros do bloco, visando substituir o dólar nas transações comerciais entre os países participantes.
Isso poderia facilitar o comércio entre os participantes, segundo defensores da ideia. No Brasil, o dólar teve altas significativas, encerrando o último ano acima de R$ 6. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que a proposta não visa substituir as moedas dos países, mas sim trabalhar para que a ordem multipolar desejada se reflita no sistema financeiro global.
Apesar da administração de Joe Biden adotar uma postura de não rivalidade com o bloco, Trump já se opôs à ideia antes mesmo de reassumir a presidência dos Estados Unidos. Em novembro, Trump afirmou que os países do Brics enfrentariam tarifas de 100% caso buscassem se afastar do dólar.
A intimidação não parece ter mudado as prioridades do Brasil, que assumiu a liderança dos Brics e reiterou o foco em lançar uma moeda própria do grupo neste mandato. Além disso, os brasileiros têm como meta fortalecer os Brics como instituição e promover debates sobre a reforma da governança global.
Os Brics englobam Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com a recente adesão da Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
Comentários Facebook