Em uma nova medida polêmica, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando visando impor novas taxas de importação para países estrangeiros, equiparando as tarifas às cobradas dos exportadores americanos. Essa ação levanta preocupações sobre uma possível guerra comercial global, sendo o etanol brasileiro mencionado como exemplo de desigualdade tarifária.
As novas tarifas serão estabelecidas individualmente para cada país, após uma análise encomendada ao Departamento de Comércio, com previsão de entrada em vigor em 2 de abril. Trump expressou a intenção de aumentar as vendas de carros para a Europa, motocicletas para a Índia, bem como carne e laticínios para o Brasil.
Segundo a Casa Branca, a taxa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%, enquanto o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Essa disparidade resultou em um volume significativamente maior de importações de etanol dos EUA pelo Brasil do que o contrário, gerando um desequilíbrio nas transações comerciais entre os dois países.
Em resposta, os produtores americanos vêm pressionando o Brasil há anos para reduzir essa tarifa de importação, que foi temporariamente zerada durante o governo Bolsonaro, em 2022, mas reintroduzida sob a administração atual. Em contrapartida, o Brasil busca expandir o acesso do açúcar brasileiro ao mercado americano, atualmente limitado por uma cota anual.
Após o anúncio, autoridades brasileiras manifestaram disposição para negociar com os EUA, seguindo a postura adotada anteriormente diante das decisões protecionistas de Trump em relação ao aço e alumínio. A ação de Trump marca o fim das tarifas mais baixas sobre a maioria dos produtos importados pelos EUA, buscando oferecer aos americanos acesso a produtos mais baratos globalmente, com a promessa de preços mais baixos no futuro próximo.
Essa medida ressalta a importância das negociações comerciais internacionais e o impacto direto que decisões governamentais podem ter nas relações comerciais entre países, refletindo a necessidade de diálogo e ajustes para garantir um equilíbrio econômico justo e mutuamente benéfico.
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