Uma greve no setor público da Alemanha interrompeu a operação de 13 aeroportos, incluindo os principais terminais de Frankfurt, Munique e Berlim. A paralisação de 24 horas iniciada à meia-noite envolveu funcionários dos serviços de terra e segurança desses aeroportos.
O aeroporto de Frankfurt, por exemplo, teve a maioria dos voos cancelados, com 1.054 das 1.116 decolagens e aterrissagens programadas afetadas. Em Berlim, todas as partidas e chegadas foram suspensas, enquanto em Hamburgo não houve possibilidade de decolagens, já que a greve começou um dia antes.
Os impactos também foram sentidos em outros aeroportos, como Colônia/Bonn, Munique, Bremen, Hannover, Düsseldorf, Dortmund, Leipzig/Halle, Stuttgart, Weeze e Karlsruhe/Baden-Baden. Alguns terminais menores viram apenas os funcionários de segurança aderirem à paralisação.
Demanda por Acordo Salarial
O sindicato Verdi convocou a greve como forma de pressionar o governo e municípios antes das negociações sobre um acordo salarial coletivo para cerca de 2,5 milhões de trabalhadores do setor público. As demandas incluem aumento salarial de 8%, bônus maiores e três dias adicionais de folga, o que os empregadores consideram insustentável.
As negociações entre as partes estão em impasse, com uma nova rodada marcada para março. A paralisação afetou também os funcionários de solo, que estão em processo de negociação separado por um acordo coletivo.
Repercussões e Críticas
No passado, paralisações semelhantes já causaram cancelamentos de voos em diversos aeroportos na Alemanha. O Verdi criticou os empregadores por não apresentarem novas propostas e demonstrarem falta de disposição para negociar.
As empresas aéreas, como a Lufthansa, e a Associação de Aeroportos Alemães tem manifestado seu descontentamento com as greves, que impactaram significativamente o tráfego aéreo no país. Mais de 3,4 mil voos e 510 mil passageiros foram afetados, segundo a ADV.
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