Dólar tem alta de 0,15% e fecha sexta-feira cotado a R$ 5,76 

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Encerrando a sessão da última sexta-feira, o dólar registrou uma valorização de 0,15%, alcançando R$ 5,7618 após atingir R$ 5,7820 no fim da manhã. Apesar da alta, a moeda norte-americana acumula uma queda de 2,61% em março, mesmo fechando a semana com uma valorização de 0,77% em relação ao real.

O mercado cambial local enfrentou influências de perdas em divisas emergentes, sobretudo da América Latina, devido à cautela dos investidores que buscam reduzir o risco das carteiras. Esse cenário se intensifica às vésperas do anúncio das tarifas recíprocas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, programado para a próxima quarta-feira, 2 de abril. Além disso, há crescentes preocupações com uma desaceleração mais acentuada da atividade econômica nos EUA e a persistência de uma inflação acima da meta. Esses fatores resultam de uma nova fase de piora do sentimento do consumidor americano e das expectativas inflacionárias.

Paralelamente, a evolução das taxas dos Treasuries teve pouco impacto no mercado cambial local, em meio a perspectivas de continuidade do aperto monetário e manutenção da taxa Selic em patamares elevados por um período prolongado, o que torna oneroso manter posições em dólar. Esse cenário foi reforçado pelos dados do Caged de fevereiro, divulgados às 14h30, que demonstraram a criação de 431.995 vagas de emprego, superando as projeções e oferecendo certa sustentação ao real.

No mercado internacional, o índice DXY, que avalia o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, rondava os 104.000 pontos no final da tarde, com queda de cerca de 0,30%. Enquanto isso, a taxa dos Treasuries de 10 anos apresentou uma queda superior a 2%, alcançando menos de 4,25% na mínima da sessão. Destaca-se que o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de fevereiro, medida de inflação preferida pelo Federal Reserve, esteve praticamente em linha com as expectativas, porém o núcleo do indicador apresentou um avanço maior que o previsto. Uma pesquisa da Universidade de Michigan revelou um aumento nas expectativas de inflação em 12 meses, de 4,3% para 5,0%, o maior nível desde 2022. Além disso, o índice de confiança do consumidor americano caiu de 64,7 em fevereiro para 57 em março, uma queda além do esperado.

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