Nesta terça-feira (8), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de emendas durante seu mandato como deputado.
O processo foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (4), sendo sorteado o ministro Flávio Dino como relator do caso.
Segundo relatório da Polícia Federal (PF), Juscelino Filho é suspeito de participar de um esquema de desvio de emendas parlamentares enquanto era deputado federal. Os recursos teriam sido direcionados para a cidade de Vitorino Freire, no interior do Maranhão, onde sua irmã, Luanna Rezende, atua como prefeita, e onde seu pai já ocupou o cargo de prefeito por duas vezes.
De acordo com o jornal ‘O Globo’, o dinheiro teria sido repassado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para a pavimentação de ruas.
No ano passado, Lula mencionou o caso e afirmou que o ministro seria afastado se o indiciamento pela PF por suspeita de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva fosse aceito pela PGR.
A defesa do ministro declarou que não foi oficialmente informada sobre a denúncia, criticando a divulgação prévia da imprensa em relação aos advogados. “O ministro reitera sua completa inocência e ressalta que a apresentação de uma denúncia não implica em culpabilidade, nem deve ser utilizada pelo Ministério Público para guiar o país. A decisão cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF), no qual Juscelino Filho confia que rejeitará a acusação devido à evidente falta de provas”, afirma a nota.
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