A Bahia se destaca como o terceiro estado do Brasil com o maior número de bens tombados ou em processo de tombamento, de acordo com dados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
No total, são 245 bens nessa condição, abrangendo complexos arqueológicos, edificações e acervos documentais e arquitetônicos. A Bahia fica atrás apenas do Rio de Janeiro, com 315, e Minas Gerais, com 253.
Salvador se destaca no estado, liderando com 101 bens tombados. A capital baiana é seguida por Cachoeira, com 31 registros, e Rio de Contas e Santo Amaro, ambos com 6 tombamentos.
Esses dados foram compilados pela Fiquem Sabendo, organização sem fins lucrativos focada em transparência pública. O destaque foi o acidente em 5 de fevereiro, quando parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Pelourinho, em Salvador, desabou durante uma visita, resultando na morte da turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, e ferimentos em outras cinco pessoas.
Um mês após o incidente, o Iphan contratou uma empresa para realizar trabalhos emergenciais na igreja, que continua interditada pela Defesa Civil.
O levantamento do Iphan abrange mais de 2,5 mil itens em todo o Brasil, incluindo diversas tipologias de imóveis, conjuntos arquitetônicos, acervos documentais e artísticos. Entre esses registros, alguns remontam a 1938, como é o caso da própria Igreja de São Francisco de Assis.
A região entre Bahia e São Paulo concentra a maior quantidade desses bens, somando cerca de 1,7 mil registros que ainda estão em fase de tombamento ou instrução, sem terem sido cancelados ou indeferidos.
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