Esteliano José Madureira, de 43 anos, encontrado morto com sinais de tortura, suspeito de assassinar a estudante da USP Bruna Oliveira da Silva, era usuário de drogas e frequentador de uma localidade conhecida como “Prainha”, que se assemelha à Cracolândia da zona leste de São Paulo. Conhecido como “Cachorro” e “Mineiro”, o suspeito era figura habitual na estação de metrô Itaquera, onde realizava trabalhos informais e coletava materiais recicláveis. A polícia relata que, devido ao seu vício em drogas, Esteliano passava vários dias utilizando a mesma roupa e vagando pela região.
As investigações apontam que o conhecimento profundo que o suspeito possuía da região auxiliou na execução do crime. Ele teria acessado o local do homicídio por uma entrada nos fundos do estabelecimento, abandonando o corpo em uma área de difícil acesso. Esteliano foi identificado pela polícia por meio de imagens de uma câmera de segurança instalada próxima à UPA Itaquera, onde foi observado se aproximando da vítima, Bruna Oliveira, na Avenida Sport Clube Corinthians Paulista.
O corpo de Esteliano foi encontrado com marcas de pelo menos 10 facadas e perfurações na região anal, além de ter sido alvejado na nuca. Amarrado e enrolado em uma lona azul, junto a um cobertor cinza, seu corpo foi descoberto por trabalhadores de uma obra na região do Morumbi. O crime ocorreu a uma distância de mais de 30 quilômetros do lugar onde Bruna Oliveira foi assassinada. Câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito abordou a vítima em uma rua da zona leste de São Paulo.
No contexto, Bruna Oliveira da Silva, estudante da USP, foi encontrada no dia 17 de abril nos fundos de um estacionamento na região da Vila Carmosina. Desaparecida desde 13 de abril, a jovem foi vista pela última vez no terminal de ônibus da estação de metrô Corinthians-Itaquera, retornando da casa do namorado, localizada na zona oeste da cidade.
A família procurou a jovem ao perceber que ela não retornava para casa e contatou a plataforma de carros por aplicativo, que indicou que Bruna não chegou a solicitar uma corrida naquela noite, após pedir dinheiro ao namorado para retornar de carro. Em sua última comunicação via WhatsApp, Bruna acessou o aplicativo às 22h21 de domingo, 13 de abril, momento em que teria desaparecido.
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