Os shows gospel, patrocinados por prefeituras, tornaram-se cada vez mais comuns em cidades brasileiras, mas os altos cachês solicitados por cantores evangélicos levantam polêmicas. As cifras podem ultrapassar R$ 200 mil por apresentação, valores que geram questionamentos dentro e fora do meio evangélico.
Contratações costumam ser feitas sem licitação, o que motiva investigações de órgãos de controle e denúncias ao Ministério Público. Um levantamento recente mostra que os valores pagos se assemelham, e em alguns casos superam, os de artistas do cenário secular. Exemplos de cachês incluem:
- Aline Barros – R$ 250 mil (Santa Maria da Boa Vista/PE)
- Cassiane – R$ 220 mil (Caruaru/PE)
- Maria Marçal – R$ 210 mil (Zé Doca/MA)
- Bruna Karla – R$ 200 mil (Angicos/RN)
- Thalles Roberto – R$ 200 mil (São Paulo/SP)
- Anderson Freire – R$ 195 mil (Campo Verde/MT)
- Samuel Mariano – R$ 170 mil (Divinópolis/MG)
- Fernandinho – R$ 160 mil (Ourinhos/SP)
- Jefferson e Suellen – R$ 140 mil (Cordeiro/RJ)
- Damares – R$ 120 mil (Palmas/TO)
- Midian Lima – R$ 120 mil (Palmas/TO)
- Samuel Messias – R$ 120 mil (Cuiabá/MT)
- Theo Rubia – R$ 80 mil (Alto Caparaó/MG)
- Paulo Neto – R$ 60 mil (Pojuca/BA)
- Mateus Brito – R$ 60 mil (Xaxim/SC)
- Silvan Santos – R$ 32 mil (Angico/TO)
- Willian Nascimento – R$ 15 mil (Mâncio Lima/AC)
Esses dados refletem um mercado robusto, mas a desigualdade nos cachês e a falta de licitação geram questionamentos. Críticos alegam que os altos gastos impactam o orçamento municipal, especialmente em regiões com necessidades básicas não atendidas.
Dentro do meio evangélico, debates sobre a coerência entre os altos valores e o discurso de serviço aumentam. Muitos pastores defendem o apoio a artistas locais, enfatizando que a música deve ser uma ferramenta de evangelismo, não uma fonte de lucro.
Enquanto a disputa pela presença dos artistas de renome se intensifica, a polarização acerca dos limites entre ministério e comércio se agrava, refletindo nas redes sociais, nas igrejas e até nos tribunais de contas.
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