Justiça anula operação ‘El Patrón’, que investiga Binho Galinha

Binho Galinha se manifesta após decisão da Justiça – Foto: Divulgação | Ascom

Em uma reviravolta significativa, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou, nesta quarta-feira, 25, os efeitos da operação ‘El Patrón’. Essa investigação mirava o deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, mais conhecido como Binho Galinha, suspeito de liderar uma milícia. A decisão foi proferida pelo ministro Joel Ilan Paciornik.

Segundo o relator, a origem da investigação foi um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), solicitado pela Polícia Federal. Contudo, a recente mudança na interpretação do STJ sobre a legalidade desse modelo de acesso às provas, que não permite a coleta sem autorização judicial, culminou na invalidade do material juntado ao processo.

“Dou provimento ao recurso em habeas corpus para declarar a nulidade dos relatórios de inteligência financeira solicitados diretamente pela autoridade policial ao Coaf e das provas deles derivadas”, afirmou o ministro em sua decisão.

O que diz Binho Galinha?

Após a decisão, Binho Galinha manifestou-se em nota, expressando que recebeu a anulação da investigação com “serenidade e respeito”. Ele destacou: “Reconheço a ilegalidade no uso de relatórios sigilosos do Coaf sem autorização judicial”, reforçando sua posição diante dos acontecimentos.

Operação El Patrón

Deflagrada em dezembro de 2023, a operação ‘El Patrón’ resultou em dez mandados de prisão preventiva, 33 pedidos de busca e apreensão, além do sequestro de 26 imóveis e do bloqueio de mais de R$ 200 milhões. As investigações desvelaram uma suposta organização criminosa, com Binho Galinha como possível líder. Durante a operação, a esposa e um filho do parlamentar foram detidos.